A comiss�o especial do Senado que discute a reforma pol�tica flexibilizou as regras para financiamento de campanha que haviam sido votadas pela C�mara. Ao aprovar o texto-base proposto pelo relator Romero Juc� (PMDB-RR), os senadores mantiveram a decis�o dos deputados para que as empresas fa�am doa��es apenas aos partidos, mas decidiram retirar o valor m�ximo estipulado para esses repasses, que havia ficado em R$ 20 milh�es.
Em outra medida pol�mica, os senadores decidiram que os partidos n�o precisar�o informar para quais candidatos repassar�o o dinheiro. A decis�o retoma a pr�tica das chamadas "doa��es ocultas", que foram proibidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Se essa ideia j� estivesse em pr�tica, n�o seria poss�vel identificar quais pol�ticos haviam recebido recursos das empresas envolvidas no esquema de corrup��o investigado pela Opera��o Lava Jato. Juc�, entretanto, argumentou que n�o seria "justo" um candidato ser punido porque uma empresa praticou "picaretagem" e que a responsabilidade das doa��es deveria ser do partido.
Apesar de tais determina��es constarem no texto-base aprovado nesta quarta-feira, 19, as quest�es ainda ser�o retomadas nas discuss�es dos destaques apresentados pelos senadores. Ap�s ser aprovado na comiss�o, o projeto ter� de ser analisado pelo Plen�rio do Casa.
Os dois temas geraram discuss�o na comiss�o. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) defendeu a necessidade de se manter o valor m�ximo de doa��o. J� o senador Reguffe (PDT-DF) afirmou que o eleitor tinha o direito de saber quem patrocinava cada candidato.