Na CPI da Petrobras, Ivan Valente cobra novo depoimento e afastamento de Cunha

Bras�lia, 20 - Na imin�ncia da apresenta��o de den�ncia pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) cobrou da CPI da Petrobras a oitiva do delator J�lio Camargo e da convoca��o da ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), personagens que comprometem o peemedebista.

Diante do esvaziamento da CPI, Valente disse que Cunha precisa voltar � comiss�o e deixar a presid�ncia da Casa.

O presidente da C�mara j� esteve na CPI, onde se ofereceu para depor logo que a PGR entregou a lista dos pol�ticos envolvidos na OPera��o Lava Jato. Na ocasi�o, a sess�o se transformou num "ato de desagravo" e ataques ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.

Valente disse que a comiss�o sofre um processo de desmoraliza��o porque blinda personagens fundamentais da Opera��o Lava Jato e s� traz pessoas de "terceiro escal�o". "� uma vergonha para essa CPI o esvaziamento. O senhor Eduardo Cunha precisa depor � CPI e se afastar da presid�ncia da Casa. Essa vergonha n�o pode continuar. A CPI n�o pode permanecer cega e muda diante dessa realidade", discursou.

A interven��o do parlamentar ganhou o apoio do sub-relator Altineu C�rtes (PR-RJ). O deputado se disse frustrado com o andamento dos trabalhos e concluiu que a comiss�o prevarica ao n�o investigar as quest�es centrais do esquema de corrup��o na Petrobras. "V�o dizer em 60 dias que a CPI prevaricou porque n�o investigou nada", criticou.

Doleiro

A comiss�o deu in�cio h� pouco � oitiva do doleiro Raul Srour, que chegou informando que obteve um habeas corpus que lhe d� o direito a ficar em sil�ncio. Ele abriu seu depoimento dizendo que n�o conhece pol�ticos envolvidos no esquema de corrup��o e que por isso n�o tinha muito a contribuir.

"A vinda para mim aqui foi uma surpresa, me parece um equ�voco. N�o tenho assunto a tratar sobre Petrobras, n�o conhe�o os personagens, me sinto v�tima por ter entrado no rabo do foguete", disse o doleiro.