(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Janot diz que Eduardo Cunha 'pressionou' empreiteira Schahin

O Minist�rio P�blico Federal est� convencido de que o peemedebista fazia dos requerimentos na C�mara sua "arma" para coagir desafeto


postado em 21/08/2015 11:49 / atualizado em 21/08/2015 12:09

Procurador Rodrigo Janot(foto: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )
Procurador Rodrigo Janot (foto: Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil )
Na den�ncia de 85 p�ginas que entregou ao Supremo Tribunal Federal nessa quinta-feira, 20, contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) - a quem acusa de corrup��o e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido parte de US$ 40 milh�es em propinas - , o procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot afirma que o presidente da C�mara tamb�m "j� se valeu dos servi�os" da ent�o deputada peemedebista Solange Almeida "com o intuito de pressionar" a empreiteira Schahin Engenharia.

No caso da Schahin, afirma o procurador-geral, a a��o em parceria de Cunha e Solange se deu por meio de requerimentos de informa��es da C�mara.

O Minist�rio P�blico Federal est� convencido de que o peemedebista fazia dos requerimentos sua "arma" para coagir desafetos.

Segundo Janot, no epis�dio envolvendo a Schahin o presidente da C�mara teria buscado favorecer Lucio Bolonha Funaro, amigo pessoal de Cunha, em lit�gio relativo a Apertadinho, Pequena Central Hidrel�trica em Rond�nia.

A estrat�gia empregada por Cunha e sua aliada Solange teria sido a mesma usada para intimidar o lobista Julio Camargo, a Samsung e o Grupo Mitsui para o pagamento de parcela de propina atrasada que somou US$ 40 milh�es na contrata��o de navios sonda da Petrobras. Nos dois epis�dios, segundo o procurador, Solange Almeida enviou requerimentos de informa��es supostamente a mando de Cunha.

Segundo o procurador-geral, em 2009, a Schahin Engenharia estava "em disputa com L�cio Bolonha Funaro, pessoa que possui antigo contato com Eduardo Cunha". A origem do atrito, afirma o chefe do Minist�rio P�blico Federal, foi a Pequena Central Hidrel�trica Apertadinho, em Rond�nia, que se rompeu em 9 de janeiro de 2008, abrindo uma "declarada disputa" entre a Cebel - Bel�m Centrais Hidrel�trica, representada por Lucio Funaro, e a Schahin Engenharia sobre a responsabilidade pelo n�o pagamento do seguro da obra e pelos danos causados.

"Como n�o h� acordo entre Funaro e o Grupo Schahin surgem dezenas de requerimentos no Congresso Nacional, dentre eles o da deputada Solange Almeida", assinala o procurador-geral. Janot observa, ainda, que "o envolvimento de Eduardo Cunha e Lucio Bolonha Funaro � antigo". "Identificou-se que Funaro pagava as despesas da resid�ncia do denunciado Eduardo Cunha em um hotel em Bras�lia, assim como tamb�m deu 'carona' em seu jato particular ao deputado."

Segundo o procurador-geral, em 11 de novembro de 2009, Solange Almeida formulou o requerimento 333/2009 perante a Comiss�o de Seguridade Social e Fam�lia "solicitando informa��es sobre a Schahin". "Deve-se destacar que, mais uma vez, o requerimento n�o tinha nenhuma rela��o com a pauta de atua��o parlamentar da denunciada Solange Almeida", destaca Rodrigo Janot.

O requerimento pedia a convoca��o para depor na C�mara de diversas pessoas, inclusive o empres�rio Milton Schahin, presidente da empreiteira, "a fim de prestar esclarecimentos sobre os preju�zos causados pela interrup��o do empreendimento da Barragem da PCH Apertadinho em V"lhena (RO)".

Na den�ncia contra Eduardo Cunha, relativa � propina de US$ 40 milh�es, quando se refere aos requerimentos de Solange Almeida, o procurador-geral afirma que a ex-deputada "tinha ci�ncia de que os requerimentos seriam formulados com desvio de finalidade e abuso da prerrogativa de fiscaliza��o inerente ao mandato popular, para obten��o de vantagem indevida".

Janot diz n�o ter d�vidas de que "o verdadeiro autor dos requerimentos, material e intelectual, foi Eduardo Cunha".

A defesa da Schahin n�o se manifestou.

Defesa de Funaro

"1- Primeiro: nunca paguei despesas do deputado Eduardo Cunha ou de qualquer outro parlamentar

que seja.

2- Segundo: as dezenas de requerimentos feitos a respeito do Grupo Schahin devem ter sido para apurar as milhares de atividades irregulares perpetuadas pelo respectivo grupo em seus mais diversos ramos de atividade, como j� ficou comprovado por diversas mat�rias jornal�sticas, procedimentos do Banco Central do Brasil, Pol�cia Federal e at� pelo Minist�rio P�blico Federal. O que me causa perplexidade � at� hoje os diretores e acionistas desse Grupo ainda n�o terem sido punidos de forma exemplar, como foram diversos outros diretores de grupos concorrentes, pelo Minist�rio P�blico.

3- Todos os procedimentos feitos pela empresa Cebel, a qual eu represento, sejam eles na esfera Arbitral ou Judicial deram ganho de causa � Cebel, em todos os sentidos, portanto o estranho n�o s�o os requerimentos e sim a atua��o de alguma for�a oculta para proteger esse Grupo. Cabe ressaltar que a Cebel se utiliza de todos os meios l�citos nessa disputa, ao contr�rio do Grupo Schahin que, inclusive, foi pego em delito flagrante tentando forjar uma per�cia falsa.

4- N�o cabe a minha pessoa discutir uma den�ncia feita a um terceiro pelo procurador-geral da Rep�blica e sim as partes envolvidas discutirem no f�rum adequado.

5- Estou � disposi��o da Justi�a para esclarecer qualquer fato relativo a minha pessoa ou aos procedimentos adotados pela Cebel perante o Grupo Schahin."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)