
A presidente Dilma Rousseff pediu mais tempo para que possa entregar tudo o que prometeu durante a campanha eleitoral para a reelei��o no ano passado. O pedido foi feito durante entrevista da presidente ao jornal alem�o Handelsblatt, publicada nesta sexta-feira. � publica��o, Dilma diz ainda que a recess�o deve atingir o Brasil por per�odo de "seis a no m�ximo 12 meses", mas reconhece que o caminho posterior ser� dif�cil e "ningu�m vai passar sem ajustes dolorosos".
Na entrevista, Dilma reconheceu que n�o conseguiu entregar o prometido nas elei��es de 2014, mas pediu tempo aos eleitores. "Em nove meses desde a elei��o, n�s n�o conseguimos implementar o que prometemos para o segundo mandato. Eu digo: nos d� mais tempo e ent�o n�s poderemos alcan�ar as expectativas", disse ao jornal.
A presidente brasileira afirmou que prev� que o Brasil fique em recess�o por "seis a no m�ximo 12 meses" antes de voltar a crescer. Dilma alertou, por�m, que o caminho do Pa�s pela frente n�o deve ser f�cil e afirmou que "ningu�m vai passar sem ajustes dolorosos". Diante desse cen�rio menos favor�vel, a presidente reconhece que o ritmo de redu��o da pobreza no Brasil ser� mais lento. "N�s n�o vamos progredir t�o r�pido como na d�cada passada."
Questionada sobre eventual preocupa��o com a iminente subida de juros nos Estados Unidos, Dilma expressou confian�a de que o Federal Reserve (banco central americano) far� o movimento "com cautela e no ritmo certo, de modo a n�o incentivar a instabilidade".
A presidente sugeriu que pa�ses devem trabalhar em conjunto para lidar com a situa��o econ�mica desfavor�vel. Ao comentar que o ajuste da China deve afetar o mercado de commodities por mais algum tempo, Dilma sugeriu que o G20 - grupo das 20 maiores economias do mundo - deve ter papel importante para essa coordena��o das pol�ticas.
A entrevista trata pouco do caso de corrup��o na Petrobras. Nesse tema, a presidente brasileira reafirmou o discurso de que os respons�veis devem ser punidos, mas as empresas n�o. "N�s n�o queremos criminalizar as empresas ou puni-las coletivamente. Nosso modelo � o dos Estados Unidos, que punem os respons�veis e as empresas seguem em frente", disse.