S�o Paulo - Para viabilizar a cria��o de duas CPIs que contrariam o governo - a do BNDES e a dos fundos de pens�o das estatais - o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou outros pedidos que estavam na frente na lista de espera de instala��o.
Na manobra, a alega��o de Cunha foi de que as CPIs arquivadas n�o atendiam aos pr�-requisitos necess�rios. Apenas cinco comiss�es podem funcionar ao mesmo tempo. Cunha tamb�m autorizou a cria��o de uma CPI para investigar maus tratos contra animais e outra que apura crimes cibern�ticos. A comiss�o que mais preocupa o governo, entretanto, � a dos fundos de pens�o.
Comandada por um oposicionista, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), a CPI tende a ganhar espa�o na C�mara dos Deputados enquanto a CPI da Petrobras se consolida como coadjuvante da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal.
A comiss�o tem como objeto central os fundos de pens�o Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil), Postalis (Correios) e Funcef (Caixa Econ�mica Federal) e est� circunscrita ao per�odo de 2003 a 2015, durante os governos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Alvos
Mas a oposi��o, que est� em maioria no colegiado, tamb�m mira integrantes do governo federal e envolvidos na Lava Jato. O ex- tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto e o doleiro Alberto Yousseff, ambos presos na opera��o da PF, foram os alvos dos primeiros requerimentos de convoca��o da CPI dos Fundos de Pens�o, no dia 12 deste m�s.
“A CPI dos Fundos tem mais mat�ria-prima e n�o h� uma investiga��o paralela”, diz o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que integra o colegiado.
A CPI do BNDES receber� na quinta-feira o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. Na semana passada, foram aprovadas as convoca��es de outros executivos da institui��o e pedidos de informa��es sobre contratos firmados nos �ltimos 12 anos.