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Estado de Minas

Desgaste tira Temer da articula��o pol�tica do governo

Atritos nas rela��es com Dilma e o com ministro Levy e ressentimento por articula��o paralela fazem vice-presidente abandonar "pequeno varejo" da negocia��o com Congresso


postado em 25/08/2015 06:00 / atualizado em 25/08/2015 07:48

Michel Temer assumiu a articulação do governo Dilma em abril, após agravamento da crise política
Michel Temer assumiu a articula��o do governo Dilma em abril, ap�s agravamento da crise pol�tica
Bras�lia - No dia em que perdeu seu fiador pol�tico no governo — o vice-presidente Michel Temer anunciou que s� tratar� da “macropol�tica”, n�o do “varejo” —, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o Planalto demorou a perceber a gravidade da crise econ�mica. Temer servia como biombo na rela��o da presidente com a base aliada.

O peemedebista, que ajudou a aprovar projetos do ajuste fiscal no Congresso, seguir� como articulador, mas apenas de “grandes temas”. O acerto de que Temer n�o far� mais a “pol�tica de varejo” ou “de balc�o”, como ele pr�prio definiu, foi tratada na reuni�o da coordena��o pol�tica do governo e, posteriormente, em encontro entre ele, Dilma e os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; e da Avia��o Civil, Eliseu Padilha.

Dilma pediu a Temer para permanecer � frente da articula��o pol�tica. “N�o quero mudan�a na articula��o pol�tica”, disse. Ele atendeu o pedido, mas deixou claro que n�o vai cuidar do “varejo”, como a libera��o de emendas parlamentares e a composi��o de segundo e terceiro escal�es. Essas negocia��es seguir�o sendo tocadas por Padilha. Tanto Temer quanto Padilha tiveram recentemente embate com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por causa da libera��o de verbas para emendas parlamentares. O vice tamb�m se desentendeu com o titular da Fazenda na negocia��o em torno do projeto que rev� a pol�tica de desonera��o da folha de pagamento das empresas, especialmente do setor de transportes.

UNIFICA��O Temer assumiu a articula��o pol�tica em abril. Na sexta-feira, ele se reuniu com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e manifestou o desejo de deixar a fun��o, por causa dos desgastes enfrentados no relacionamento com Dilma, Levy e o Legislativo. Al�m disso, em conversas reservadas, Temer dizia estar ressentida da “articula��o paralela” feita por Mercadante e pelo assessor especial da Presid�ncia, Giles Azevedo.

O clima entre Dilma e Temer se deteriorou depois de o vice declarar que “� preciso que algu�m tenha capacidade de reunificar a todos”, o que foi interpretado no governo como uma tentativa de ele assumir maior protagonismo pol�tico nesse momento de crise. No �ltimo dia 7, o vice chegou a usar a sua conta pessoal no microblog Twitter para negar rumores de seu afastamento da articula��o pol�tica. “S�o infundados os boatos de que deixei a articula��o pol�tica. Continuo. Tenho responsabilidades com meu pa�s e com a presidente Dilma”, escreveu Temer na ocasi�o. Depois da reuni�o da coordena��o pol�tica, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, fez elogios � conduta do Temer.

SUBSTITUTO Al�m de definir o novo quadro de minist�rios, com o fim da negocia��o pelo ajuste fiscal, o governo ter� de tratar de outras pautas caras ao Planalto que tramitam no Congresso. O desafio ser� encontrar o novo negociador, j� que Mercadante sofre muita resist�ncia no parlamento.

A falta de um nome forte para ocupar o papel de articulador � o principal problema que a sa�da de Temer causa ao governo. “� ruim diante da crise e tamb�m da falta de alternativas para colocar no lugar dele”, disse o professor de ci�ncia pol�tica Paulo Kramer, da Universidade de Bras�lia (UnB). Segundo Kramer, a sa�da de Temer sinaliza um certo afastamento do governo, o que pode preservar a figura do vice-presidente no caso de um eventual impeachment de Dilma.

O deputado Jos� Guimar�es (PT-CE), l�der do governo na C�mara, minimizou a movimenta��o de Temer. Segundo ele, a vis�o de conjuntura do peemedebista est� em perfeita sintonia com a da presidente. “Claro que vou sentir falta no dia a dia aqui dentro, mas ele me disse hoje (ontem), com toda a tranquilidade: ‘Voc� pode me ligar 10, 15, 20 vezes por dia. N�o tem problema”, afirmou. (Com ag�ncias)


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