
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, tamb�m teve o nome aprovado no plen�rio do Senado na noite desta quarta-feira. Ele recebeu 59 votos favor�veis, 12 contr�riose uma absten��o. Dessa forma, ele est� definitivamente reconduzido ao comando da PGR. Pouco antes, o nome dele havia sido aprovado na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da Casa, ap�s sabatina que durou mais de 10 horas. Principal marca de suia gest�o � frente da PGR, a investiga��o da Opera��o Lava-Jato tomou maior parte do tempo das perguntas dos senadores e, por consequ�ncia, das respostas de Janot.
Rodrigo Janot foi o candidato mais votado pelos representantes do Minist�rio P�blico de todos pa�s. Ele recebeu a indica��o da presidente Dilma Rousseff (PT) para continuar no cargo. Janot se mostrou pouco cansado, mesmo com a intensa bateria de perguntas � que foi exposto.
Principal marca de suia gest�o � frente da Peocuradoria-Geral da Rep�blica, a investiga��o da Opera��o Lava-Jato tomou maior parte do tempo das perguntas dos senadores e, por consequ�ncia, das respostas de Janot. Na semana passada, ele apresentou den�ncia contra o ex-presidente e atualmente senador, Fernando Collor (PTB/AL) e o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), por corrup��o.
Sabatina
Logo no in�cio da sabatina, o clima ficou tenso com a participa��o do senador Fernando Collor (PTB/AL). O parlamentar fez duras acusa��es contra Janot. Oe o acusou de ser um "catedr�tico" em vazamentos de informa��es de investiga��es. Collor questionou se Janot tem como estrat�gia repassar dados a grandes ve�culos de comunica��o. Janot, por sua vez, deu in�cio �s respostas aos questionamentos com a afirmativa de que seu trabalho � profissional. "Minha posi��o �, foi e ser� firme no combate � corrup��o", disse.
O clima da participa��o de Collor foi tenso e Janot pediu por mais de uma vez para n�o ser interrompido pelo senador. "Vossa excel�ncia n�o me interrompa", disse Janot, pedindo que tivesse seu direito de manifesta��o assegurado pelo colegiado. Ao ter sua fala interrompida mais uma vez por Collor, Janot repetiu: "Posso esclarecer, senador. Posso lhe esclarecer?" As interrup��es foram feitas enquanto Janot respondia a questionamento feito por Collor sobre a atua��o do PGR como advogado em uma causa que envolve a Braskem, empresa da qual a Petrobras tem participa��o acion�ria.
Durante sua fala, o procurador-geral da Rep�blica defendeu enfaticamente a dela��o premiada como instrumento decisivo nas investiga��es para desmontar poderosas organiza��es criminosas. Ele destacou que a It�lia conseguiu desativar a M�fia a partir das revela��es do delator Tommaso Buscetta, nos anos 1980. "S� foi poss�vel o desbaratamento da m�fia italiana com a colabora��o premiada. A primeira pessoa que derrubou uma grande organiza��o criminosa, voc�s v�o lembrar do nome, foi Tommaso Buscetta.
Ainda segundo Rodrigo Janot, a den�ncia contra o senador Fernando Collor (PTB/AL) e do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) j� foram feitas porque as investiga��es est�o mais maduras. Os dois s�o acusados de corrup��o em den�ncia protocolada no STF. Segundo ele, todos os inqu�ritos foram instaurados ao mesmo tempo, mas as investiga��es, devido as circunst�ncias, podem ter tempos diferentes.
O procurador ainda recha�ou a hip�tese de vazamento seletivo das informa��es da Opera��o Lava-Jato. Segundo ele, os jornalistas sempre t�m acesso as informa��es, desde que o inqu�rito n�o corra em sigilo.
Ainda sobre a Lava-Jato, Rodrigo Janot disse que o esquema de corrup��o praticado na Petrobras � algo que ele nunca tinha visto at� ent�o. "A Petrobras, ela foi e � alvo de um mega esquema de corrup��o. Um enorme esquema de corrup��o. Eu, com 31 anos de Minist�rio P�blico, jamais vi algo precedente", disse.
Al�m de Collor, outros parlamentares investigados por Janot na Opera��o Lava Jato apareceram para registrar o voto e participar da sabatina, como os senadores Romero Juc� (PMDB-RR), Edison Lob�o (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ciro Nogueira (PP-PI), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Humberto Costa (PT-PE).
Com Agencia Estado