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Estado de Minas

PF indicia ex-presidente da Eletronuclear preso na Lava-Jato

Othon Luiz, apontado como pai do programa nuclear, � suspeito de ter recebido propinas nas obras da usina de Angra 3


postado em 27/08/2015 21:07 / atualizado em 27/08/2015 22:21

 

Othon Luiz (de boné) no momento da sua transferência para Curitiba, onde está preso: suspeita é de que ele tenha recebido R$ 30 milhões em propina (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Othon Luiz (de bon�) no momento da sua transfer�ncia para Curitiba, onde est� preso: suspeita � de que ele tenha recebido R$ 30 milh�es em propina (foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)
A Pol�cia Federal indiciou o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrup��o passiva e organiza��o criminosa. Preso desde 28 de julho na Opera��o Radiotividade, desdobramento da Lava-Jato, Othon Luiz, apontado como pai do programa nuclear, � suspeito de ter recebido propinas nas obras da usina de Angra 3.

Pelo menos R$ 4,5 milh�es foram rastreados em uma conta da Aratec Engenharia, controlada por ele, mas os investigadores suspeitam que o almirante possa ter recebido R$ 30 milh�es no total.

Em relat�rio de 30 p�ginas, a PF indiciou oito investigados –  al�m de Othon Luiz, uma filha dele, Ana Cristina Toniolo, o executivo Fl�vio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e cinco supostos intermedi�rios do dinheiro il�cito.

"H� evid�ncias de que as empresas que comp�em o cons�rcio Angramon, vencedor da licita��o para a montagem eletromec�nica da usina nuclear de Angra 3, fizeram um ajuste para que houvesse a divis�o das partes que seriam licitadas na obra, de sorte que o procedimento licitat�rio ocorresse apenas para chancelar algo que j� havia sido adrede combinado entre as mesmas", afirma a delegada da PF Erika Mialik Marena, do Grupo de Trabalho da Lava Jato.

A PF destaca que, antes mesmo da divis�o, existem ind�cios de que o edital de pr�-qualifica��o de 2011 j� teria sido direcionado "para aquelas empresas que vieram efetivamente a assinar o contrato em 2014".

O nome do almirante Othon surgiu na Lava Jato a partir da dela��o premiada de um ex-executivo da Camargo Corr�a, Dalton dos Santos Avancini. � for�a-tarefa da Lava Jato, Avancini relatou que um outro executivo da empreiteira sabia detalhes de valores que teriam sido repassados ao ex-presidente da Eletronuclear nas obras de Angra 3.

No relat�rio, a PF transcreve o depoimento de um executivo da Engevix, Jos� Antunes Sobrinho, que contou ter recebido pedido de 'apoio' do almirante para um 'projeto'.

Com os alvos da Opera��o Radiotividade, a PF confiscou 68 HDs/computadores/notebooks, 29 celulares/tablets, 71 dispositivos USB/pendrives, 24 CDs/DVDs, 34 dispositivos diversos (como disquetes/fitas).

Todos os indiciados pela PF negam a pr�tica de il�citos. Em depoimento � PF, o almirante Othon Luiz afirma que n�o recebeu propinas e que se sente ofendido diante das acusa��es. Ana Cristina Toniolo, sua filha, disse que os R$ 4,5 milh�es para a Aratec eram relativos a trabalhos de tradu��o. O executivo da Andrade Gutierrez Energia e os outros cinco indiciados tamb�m recha�aram suspeita de repasse de propinas para o pai do programa nuclear brasileiro.


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