
Bras�lia - O Pal�cio do Planalto mobilizou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), para convencer a base aliada a manter os vetos presidenciais que ser�o analisados na sess�o desta quarta-feira do Congresso. Entre os 26 vetos que podem ser derrubados, o Planalto teme quatro que podem gerar impacto de pelo menos R$ 75 bilh�es aos cofres p�blicos nos pr�ximos dez anos.
O principal objetivo do governo � manter o veto de Dilma � proposta de reajuste de 56% para servidores do Poder Judici�rio. Esse aumento gera despesa de R$ 25,7 bilh�es at� 2018. Pelas contas do Minist�rio do Planejamento, a aprova��o da medida significa custo adicional de R$ 1,5 bilh�o em 2015; R$ 5,3 bilh�es em 2016; R$ 8,4 bilh�es em 2017; e R$ 10,5 bilh�es a partir de 2018. "� o veto mais delicado e de maior impacto", afirmou ontem Guimar�es. "� um aumento fora da realidade econ�mica do Pa�s."
Al�m dessa quest�o, Guimar�es listou aos parlamentares outros motivos de preocupa��o do governo na sess�o prevista para hoje. Pelas contas do Executivo, a extens�o da corre��o do sal�rio m�nimo aos benef�cios previdenci�rios tem impacto anual de R$ 9,2 bilh�es.
Fator previdenci�rio
A derrubada do veto que torna mais flex�vel o fator previdenci�rio cria uma verdadeira bomba fiscal para o governo. O custo estimado para os cofres p�blicos � de R$ 40,6 bilh�es em dez anos. O governo ainda demonstrou preocupa��o com a manuten��o do veto ao texto que permite que servidores de ex-territ�rios da Uni�o sejam anexados � administra��o federal. At� a conclus�o desta edi��o, a lideran�a do governo ainda n�o havia informado o impacto desta medida.
Orientado pelo governo, o PT fechou quest�o pela manuten��o dos vetos. Nelson Barbosa e Jos� Guimar�es tamb�m pediram apoio �s bancadas do PC do B e do PROS. O apelo j� havia sido feito pela presidente Dilma Rousseff a todos os l�deres da base aliada em reuni�o no Pal�cio do Planalto na segunda-feira. "Um passo em falso amanh� (hoje) desconstr�i a casa que come�amos a construir", disse Guimar�es.
Sobre o aumento para servidores do Judici�rio, o ministro do Planejamento fez coro com o l�der do governo, afirmando que o aumento � "explosivo". "� um reajuste excessivo", disse o ministro do Planejamento.
"Este reajuste � incompat�vel com a situa��o fiscal do Brasil", afirmou Barbosa. "O governo vetou, mas se ofereceu a ajudar o Judici�rio a construir uma alternativa", disse o ministro, em refer�ncia a um projeto de lei discutido com o Judici�rio para fixar um reajuste ao longo de quatro anos de, em m�dia, 23,3%, com faixa de aumento de 16% a 43%.