
Em sua primeira manifesta��o p�blica sobre a decis�o de enviar o Or�amento de 2016 com previs�o de d�ficit, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, que a equipe econ�mica est� trabalhando para encontrar caminhos para resolver esse problema e que, apesar de contar com a ajuda do Congresso para achar uma solu��o, n�o est� transferindo a responsabilidade para os parlamentares.
"N�s n�o fugiremos �s nossas responsabilidades de propor a solu��o ao problema. O que n�s queremos, porque vivemos num pa�s democr�tico, � construir essa alternativa, n�o transferindo a responsabilidade a ningu�m, porque ela sempre ser� nossa", disse.
A presidente confirmou que o governo pretende mandar um adendo ao projeto de lei or�ament�ria enviado esta semana para o Congresso. A expectativa � que o Minist�rio do Planejamento fa�a altera��es na pe�a, incluindo novas fontes de receitas para cobrir o rombo de R$ 30,5 bilh�es previsto para o ano que vem. "Quando acharmos que a discuss�o maturou, que existem as condi��es para fazer isso, n�s queremos mandar mais elementos para o Congresso", disse.
Apesar de n�o especificar que altera��es seriam essas, Dilma afirmou que o governo est� analisando todas as possibilidades, inclusive a recria��o da CPMF. "Eu n�o gosto da CPMF. Acho que a CPMF tem suas complica��es. Mas n�o estou afastando a necessidade de criar nenhuma fonte de receita", disse.
A presidente afirmou ainda que, ao optar por enviar a pe�a or�ament�ria com a previs�o de rombo, o governo tentou ser "transparente" e mostrar que realmente h� um problema que precisa ser solucionado.
Dilma tamb�m disse que o governo est� "averiguando" a possibilidade de rombo nas contas p�blicas ser maior, como foi aventado por alguns parlamentares. Ela, no entanto, diz que a equipe econ�mica acredita que esse valor seja realmente de R$ 30,5 bilh�es. "Do nosso ponto de vista, n�s n�o achamos que estamos errados", disse.
A presidente afirmou ainda n�o concordar com a avalia��o de que o tamanho do rombo seja "desastroso", mas admitiu que "todo d�ficit � ruim". "Algu�m falar que d�ficit � bom, n�o � bom. N�s n�o achamos ele bom. Se a gente achasse o d�ficit bom, n�s ir�amos abra��-lo, mas n�s queremos resolver o problema do d�ficit. N�s vamos buscar medidas para resolver o d�ficit. Voc�s podem ter certeza que essa � a forma correta de condu��o, porque qualquer tentativa de fazer diferente, provocaria muito mais problema", disse.
Na ter�a-feira, Dilma se reuniu com os presidentes da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir ajuda para apontar as sa�das para o Or�amento. Os dois, por�m, deixaram claro que isso n�o era atribui��o do Legislativo e que esperavam uma solu��o do governo.