
A presidente Dilma Rousseff fez nesta quarta-feira, uma defesa veemente do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante cerim�nia no Pal�cio do Planalto, que come�a a sofrer bombardeios de v�rios setores. Mas a presidente fez quest�o tamb�m de defender o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para tentar minimizar as disputas e diverg�ncias que s�o propaladas entre os dois, justificando que, em toda fam�lia, existem opini�es divergentes, que isso "n�o significa que a fam�lia est� desunida". Insistindo que as diverg�ncias n�o permanecem ap�s as discuss�es, a presidente afirmou que, "a partir do momento que temos uma posi��o, a posi��o � de todos n�s".
Dilma ressaltou que "o ministro Levy n�o est� desgastado dentro do governo" e emendou: "Ele participou conosco de todas as etapas da constru��o desse or�amento. Ele tem o respeito de todos n�s. N�o contribui para o pa�s esse tipo de fala de que o ministro Levy est� desgastado, que ministro 'A' briga com ministro 'B'. Ele n�o est� desgastado". E insistiu: "O ministro Levy n�o est� desgastado. Ele n�o est� isolado. De mim, ele n�o est�".
Dilma usou o exemplo da fam�lia que dialoga, para explicar as opini�es conflitantes entre os ministros, tentando mostrar que ao final, h� o entendimento. "O fato de haver opini�es de A, de B, de C, de D, da m�e, do pai, de quem quer que seja, n�o significa que a fam�lia est� desunida. Significa que ela debate, discute, que ela quer enfrentar o problema. Me desculpa, mas eu acho que � um desservi�o para o Pa�s esse processo de transformar e de falar que o ministro Levy est� isolado, desgastado. N�o est�, n�o. Dentro do governo, ele n�o est�. Temos o maior respeito pelo ministro, ali�s, por todos os ministros da �rea econ�mica. Mas somos um governo que debate e chegamos a uma posi��o. E a partir do momento que temos uma posi��o, a posi��o � de todos n�s", completou.
Para n�o deixar de fora Nelson Barbosa e alimentar pol�mica de que ela defendeu Levy, mas n�o o ministro do Planejamento, a presidente Dilma fez quest�o de citar o nome dele, quando defendeu Levy. "Temos o maior respeito pelo ministro Levy, por todos os ministros da �rea econ�mica, pelo Nelson Barbosa, pela equipe do ministro Nelson Barbosa, pela equipe do ministro Levy".
Dilma aproveitou ainda para avisar que n�o recha�a nenhum tipo de caminho para compensar o rombo do Or�amento, nem mesmo a CPMF. Mas n�o quis citar o que est� sendo estudado. Dilma disse n�o gostar da CPMF porque o tributo "tem suas complica��es". Respondendo �s cr�ticas da oposi��o, avisou que n�o est� repassando responsabilidades para o Congresso ao pedir ajuda a eles para encontrar meios de cobrir o rombo do or�amento.
Ao citar que "n�o est� fugindo � responsabilidade do governo" de apresentar solu��es ao rombo do or�amento enviado ao Congresso, a presidente sugeriu que est� conversando com os l�deres pol�ticos, para encontrar uma solu��o conjunta porque estamos em um regime democr�tico. "Em num regime democr�tico, queremos discutir conjuntamente", disse ela, acrescentando que o governo est� "avaliando todas as alternativas" e colocar� todas as op��es "de forma transparente para o Pa�s". "Vejo um exemplo de di�logo, transpar�ncia e responsabilidade", afirmou.
Dilma reconhece que as receitas ca�ram, mas lembrou que elas "n�o ficar�o eternamente em queda". Para a presidente, "as receitas tender�o a se recuperar". Depois de reiterar que "n�o nos eximiremos da responsabilidade sobre as contas", a presidente declarou que, "mesmo com a varia��o cambial, a infla��o tem a tend�ncia de se reduzir bastante nos pr�ximos meses". Segundo a presidente, "at� a mudan�a na receita, vamos buscar mecanismos para cobrir os d�ficits e cumprir as metas".