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Estado de Minas

Lula sugere a Dilma blindar Levy, mas afrouxando o ajuste fiscal

O ex-presidente tamb�m pediu a Dilma que se reaproxime do vice, Michel Temer (PMDB)


postado em 04/09/2015 09:01 / atualizado em 04/09/2015 09:24

Lula se encontrou com Dilma logo após reunião da presidente com o ministro Joaquim Levy(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Lula se encontrou com Dilma logo ap�s reuni�o da presidente com o ministro Joaquim Levy (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Bras�lia - Em conversa reservada com a presidente Dilma Rousseff, na noite desta quinta-feira, 3, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva mostrou preocupa��o com as especula��es sobre a sa�da do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e disse a ela que o governo n�o pode deixar d�vida sobre a perman�ncia do auxiliar. Mesmo assim, Lula insistiu em que � preciso afrouxar um pouco o ajuste fiscal, para permitir o crescimento da economia.

O ex-presidente tamb�m pediu a Dilma que se reaproxime do vice, Michel Temer (PMDB), que  nessa quinta-feira (3), em mais uma rodada de conversas com empres�rios, admitiu ser dif�cil um governante resistir mais tr�s anos com popularidade baixa. A frase foi interpretada por petistas como uma tentativa do vice de se credenciar para o lugar de Dilma.

Lula afirmou a Dilma que ela precisa "agir r�pido" tanto na economia como na pol�tica. Para ele, se o governo perder o apoio do PMDB de Temer e tamb�m do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), o desfecho da crise pode ser imprevis�vel.

O ex-presidente esteve com Dilma, no Pal�cio da Alvorada, horas depois de ela ter se encontrado com Levy e com os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). O governo saiu a campo para a opera��o "segura Levy", na tentativa de abafar a crise, depois que o titular da Fazenda escancarou o mal-estar por se considerar desprestigiado na equipe.

Um auxiliar de Dilma disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o ministro da Fazenda s� n�o deixou o cargo, ainda, porque tem "responsabilidade com o Pa�s" e por temer o rebaixamento da nota do Brasil pelas ag�ncias de classifica��o de risco e a perda do grau de investimento.

Levy ficou muito contrariado com o vaiv�m das decis�es dos �ltimos dias no governo, passando a imagem de incerteza na condu��o da economia, com repercuss�o negativa no mercado. Brigou pelo super�vit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, mas acabou derrotado.

Al�m disso, Levy n�o escondeu a insatisfa��o com as sucessivas cr�ticas ao ajuste fiscal, at� mesmo por parte do PMDB de Temer, que lhe d� sustenta��o. O ministro chegou a reclamar com o pr�prio Temer, que renovou o apoio a Levy.

Os ataques do PT tamb�m incomodam Levy. Para piorar a situa��o, a Frente Brasil Popular - composta por PT, PC do B, PSB e PDT, al�m de representantes de movimentos sociais e centrais sindicais - lan�ar� amanh� um manifesto, em Belo Horizonte, pregando a mudan�a da pol�tica econ�mica. Faixas de "Fora Levy" s�o esperadas no encontro.

Lula e o PT sempre foram mais pr�ximos de Barbosa do que de Levy. O ex-presidente avalia, no entanto, que o PT deve "segurar a onda" nesse momento e n�o pregar a sa�da do comandante da economia. No seu diagn�stico, o governo precisa aumentar o cr�dito e n�o cortar investimentos.


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