O ministro do TSE Jo�o Ot�vio de Noronha, que tamb�m � corregedor da Corte e relator do processo contra a presidente Dilma Rousseff, voltou a criticar, nesta sexta-feira, a declara��o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, sobre a necessidade de o Tribunal n�o ser "protagonista exagerado da democracia". A fala do ministro aconteceu durante um congresso do qual participa em Belo Horizonte e veio com o an�ncio de que ele deixar� a relatoria do processo sobre den�ncia, feita pelo PSDB, de que a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) pela reelei��o utilizou recursos desviados da Petrobras. Quem assumir� a fun��o, no pr�ximo dia 30, ser� a ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Noronha termina o mandato de dois anos na Corte no dia 30 e, como corregedor, tamb�m ser� substitu�do por Maria Thereza porque, pelo regimento do Tribunal, a��es como as impetradas pelo PSDB, que pedem a cassa��o do registro da chapa, s�o relatadas pelo ministro que ocupa a corregedoria. Em fevereiro, a ministra Maria Thereza indeferiu, em decis�o monocr�tica, o mesmo pedido de investiga��o, que acabou derrubado em Plen�rio.
Noronha e os ministros do TSE Dias Toffoli e Henrique Neves, j� haviam se pronunciado sobre a declara��o de Janot em sess�o do dia 1º de setembro, quando o vice-presidente da Corte, Gilmar Mendes, voltou a pedir que a Procuradoria-Geral da Rep�blica investigue gr�fica contratada pela campanha de Dilma.
O ministro afirmou ser dif�cil que o processo sobre Dilma no TSE tenha novos desdobramentos at� o dia 30. "Ainda n�o obtive respostas do Supremo Tribunal Federal (STF) e do juiz em primeira inst�ncia de informa��es sobre a Opera��o Lava Jato", disse, se referindo � investiga��o da Pol�cia Federal sobre o desvio de recursos da Petrobras. Conforme o ministro, at� o momento, n�o h�, nos autos, provas contra a presidente Dilma Rousseff.