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Estado de Minas

Dirceu deve receber pena superior a 30 anos, prev� procurador

A den�ncia feita nesta sexta-feira centra em integrantes do que a Pol�cia Federal classificou como "n�cleo pol�tico" da opera��o


postado em 04/09/2015 18:19 / atualizado em 04/09/2015 19:02

(foto: Heuler Andrey)
(foto: Heuler Andrey)

A for�a-tarefa da Lava-Jato afirmou que, independentemente de seu papel como l�der pol�tico no passado, o ex-ministro Jos� Dirceu deve ser condenado por haver "provas e evid�ncias" de que ele praticou "crimes graves" no esquema de corrup��o bilion�rio na Petrobras. O procurador Deltan Dallagnol disse esperar que Dirceu receba uma pena superior a 30 anos de pris�o. "N�o estamos julgando o Jos� Dirceu, mas atos e fatos concretos", disse Dallagnol.

A den�ncia feita nesta sexta-feira, destacou Dallagnol, centra em integrantes do que a Pol�cia Federal classificou como "n�cleo pol�tico" da opera��o, composto por pol�ticos que desviavam recursos para partidos e para uso pr�prio, al�m de seus familiares e representantes. Nesse n�cleo, foram denunciados Jos� Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto e outras sete pessoas - nove dos 17 denunciados hoje. Entre as acusa��es est�o organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e corrup��o.

Segundo a for�a-tarefa, Dirceu e Vaccari n�o atuavam de forma conjunta, mas em paralelo. O dinheiro que passava por Vaccari era destinado ao Partido dos Trabalhadores enquanto, no caso do Dirceu, o desvio seria feito em benef�cio pr�prio. A PF identificou repasses de R$ 14 milh�es a Vaccari e de R$ 11,8 milh�es a Dirceu - valores contemplados pela den�ncia, que se refere a contratos da Engevix.

Renato Duque e Pedro Barusco, respectivamente ex-diretor de Servi�os e ex-gerente da Petrobras, considerados do n�cleo administrativo, tamb�m foram denunciados. O procurador Roberson Pozzobon destacou que Duque permaneceu no cargo com apoio de Jos� Dirceu.

Segundo a for�a-tarefa da Lava-Jato, h� evid�ncias de que o delator Milton Pascowitch fez operar uma esp�cie de "banco criminoso", com uma s�rie de rebuscadas e complexas opera��es de lavagem de dinheiro. No caso de Dirceu, houve contratos com sua consultoria, repasses em dinheiro, al�m de repasses ocultos atrav�s do pagamento de im�veis, reformas a im�veis e at� do uso de uma aeronave, usada por Dirceu ao longo de dois anos. O sistema instalado permitiu at� que Dirceu virasse s�cio oculto de um ter�o da aeronave atrav�s de Pascowitch, aponta a den�ncia.

Pozzobon destacou que foram identificados contratos com a consultoria de Dirceu, a JD, enquanto o ex-ministro era processado e ap�s ser condenado no processo do mensal�o. O delegado Igor Rom�rio de Paula, integrante da for�a-tarefa, que tamb�m participa da coletiva, destacou que a postura do ex-ministro demonstra "total desrespeito pelas institui��es" e elogiou a rapidez do trabalho dos investigadores no caso da Lava-Jato, da investiga��o em si at� a den�ncia. Rom�rio de Paula, ao responder uma pergunta dos jornalistas, esclareceu que n�o h� inten��o de investigar toda a vida Dirceu, mas que a equipe trabalha sobre os fatos que v�m � tona ao longo da investiga��o.

Mobiliza��o

Integrantes da for�a-tarefa aproveitaram a coletiva para falarem sobre a import�ncia da Lava-Jato para a democracia e para o bem da popula��o. Dallagnol chamou por v�rias vezes a corrup��o de "problema que corr�i a democracia" e disse que o governo hoje n�o atua em benef�cio do povo. O procurador afirmou que a "cura" para o problema � mais democracia e com respeito �s institui��es. Dallagnol lembrou que o Brasil est� perto de celebrar o dia da Independ�ncia, em 7 de setembro, mas vive ainda um "Estado de explora��o" de agentes p�blicos corruptos.

Pozzobon falou da import�ncia de mudar a cultura da celebra��o de contratos no setor p�blico. "� chegada a hora de essas empresas n�o mais contratarem com o setor p�blico", afirmou. O procurador defendeu tamb�m a import�ncia da ado��o de medidas preventivas, como as 10 medidas contra corrup��o sugeridas como projeto de lei popular pelo Minist�rio P�blico Federal.

A den�ncia apresentada hoje contra 17 pessoas pede ressarcimento de R$ 60 milh�es de recursos p�blicos desviados. A for�a-tarefa identificou tamb�m centenas de liga��es e visitas presenciais a Milton Pascowitch que evidenciam a participa��o de pessoas no esquema criminoso. Foram detectados 129 atos de corrup��o ativa e 31 de corrup��o passiva de 2004 a 2011.


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