L�der do PT defende CPMF e libera��o dos dep�sitos compuls�rios banc�rios

O presidente do PT, Rui Falc�o, defendeu nessa sexta-feira em Belo Horizonte o “afrouxamento do ajuste fiscal para que a economia possa voltar a rodar” e disse que, se preciso, o governo deve recriar a Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF). “E que ela seja com um percentual menor e que possa ser distribu�da para os estados e munic�pios e que a Uni�o n�o fique com uma fatia t�o grande”, disse o petista, referindo-se � poss�vel volta do imposto, institu�do em 1997 e derrubado pelo Senado em 2007. Segundo ele, os governadores e boa parte dos prefeitos s�o a favor da volta da contribui��o, criada para financiar a sa�de. “Tem prefeito que quer inaugurar hospital e est� esperando mais recursos para a sa�de”, disse o presidente da legenda.

Falc�o defendeu ainda a libera��o dos dep�sitos compuls�rios banc�rios para irrigar o cr�dito para o consumo e tamb�m a redu��o das taxas de juros, inclusive para os empr�stimos consignados. “E precisamos tamb�m tocar as concess�es previstas das rodovias, ferrovias, portos e aeroportos para que a gente possa sair das dificuldades econ�micas”, disse Falc�o, que est� em Belo Horizonte desde ontem para o lan�amento hoje da Frente Brasil Popular, que re�ne entidades contr�rias � sa�da da presidente Dilma, mas favor�veis � ado��o pelo governo federal de uma nova pol�tica econ�mica. Anteontem, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva teria defendido, em conversa reservada com a presidente Dilma Rousseff, a perman�ncia do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas o abrandamento do ajuste fiscal, que vem sendo criticado por diversos setores do PT e dos movimentos sociais.

Pol�mica do verde-amarelo

A convoca��o postada no site oficial do PT para que seus militantes usem verde e amarelo nas manifesta��es de 7 de setembro em defesa do governo Dilma Rousseff, provocou rea��es negativas dentro do partido. Em 1992, o ent�o presidente Fernando Collor de Mello, pediu que seus apoiadores fossem �s ruas vestindo verde e amarelo. Em resposta, os brasileiros usaram negro, engrossando atos em favor do impeachment do presidente. Temendo associa��o, a c�pula do PT determinou a retirada da sugest�o de vestimenta do texto, originalmente escrito para convocar os militantes a participar do “grito dos exclu�dos”. Na manh� de ontem, o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, telefonou para Wilmar Lacerda, integrante da Executiva Nacional da sigla e autor da proposta, para que esclarecesse que aquela n�o era uma decis�o do partido. Segundo Wilmar, o uso do verde e amarelo foi proposto em 20 de agosto, numa reuni�o da CUT para organiza��o do “Grito dos exclu�dos”.