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Estado de Minas

Doleiro da Lava-Jato diz que fazia caixa 2 para OAS


postado em 08/09/2015 12:19 / atualizado em 08/09/2015 13:30

O doleiro Alberto Youssef, pe�a central da Opera��o Lava-Jato, afirmou � Justi�a Federal que a empreiteira OAS trabalhava com esquema de caixa dois. Em audi�ncia na �ltima sexta-feira, 4, em que dep�s como testemunha de acusa��o do ex-deputado Luiz Argolo (afastado do SD/BA), o doleiro afirmou que 'fazia alguns trabalhos de caixa dois para a empresa', referindo-se � construtora que, segundo o Minist�rio P�blico Federal, fez parte do cartel que se apossou de contratos bilion�rios na Petrobras, entre 2003 e 2014.

Durante as investiga��es, a Pol�cia Federal interceptou comunica��es do doleiro com Argolo. Numa delas, em mar�o de 2014, dias antes do estouro da Lava-Jato, o ent�o deputado pergunta a Youssef, por torpedo, se ele estava com Mateus - Mateus Coutinho de S� Oliveira, na ocasi�o diretor-financeiro da OAS.

Na audi�ncia de sexta, o juiz federal S�rgio Moro, indaga do doleiro qual o significado da mensagem. "Ele (Argolo) sabia que eu conhecia a OAS e que eu fazia alguns trabalhos de caixa dois para a empresa. Ele sempre me pedia para que eu pedisse � empresa ajuda para campanha dele."

Mateus Coutinho foi condenado no dia 5 de agosto a onze anos de reclus�o junto com Jos� Ricardo Nogueira Breghirolli, outro executivo da OAS. Os principais dirigentes da empreiteira, Jos� Aldem�rio Pinheiro, o L�o Pinheiro, ex-presidente do grupo, e Agenor Medeiros, ex-diretor de Internacional da OAS, pegaram penas mais elevadas, 16 anos e 4 meses de pris�o. Eles foram condenados por corrup��o, lavagem de dinheiro e forma��o de organiza��o criminosa.

Na audi�ncia na Justi�a Federal, o doleiro Youssef que muitas vezes 'empurrou com a barriga' solicita��es de Luiz Argolo. "Eu sempre disse a ele que ia pedir, mas essa situa��o, como j� detalhei no meu interrogat�rio (no processo da OAS), isso n�o aconteceu porque, na verdade, fui empurrando com a barriga at� para n�o criar um certo mal estar entre a empresa e a mim e tanto ao deputado. At� porque ele (Mateus Coutinho) j� conhecia o deputado Luiz Argolo de inf�ncia."

O juiz Moro insistiu. "Ele (Argilo) queria dinheiro da OAS?"

Alberto Youssef respondeu. "Ele queria que a OAS ajudasse ele na campanha com valores."

O juiz: "Doa��o oficial?"

"Doa��o oficial, podia ser doa��o oficial, podia ser que n�o fosse oficial, dependia como a empresa iria solucionar."

N�o � a primeira vez que o doleiro relata operar dinheiro para a empreiteira fora do esquema de corrup��o na Petrobras. Em sua dela��o aos investigadores da Lava-Jato, Youssef explicou as siglas das planilhas encontradas pela PF que revelam a movimenta��o de R$ 28 milh�es do doleiro para a empreiteira sem liga��o com os desvios na estatal.

A OAS vem negando envolvimento de seus executivos em irregularidades e n�o comenta o andamento das investiga��es da opera��o.


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