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Estado de Minas

Lava-Jato apura elo entre ex-presidente da Eletronuclear e operador de propinas


postado em 08/09/2015 17:49 / atualizado em 08/09/2015 19:39

S�o Paulo, 08 - O Minist�rio P�blico Federal investiga o elo entre o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o operador de propinas Bernardo Freiburhaus, supostamente ligado � empreiteira Odebrecht. Segundo a Procuradoria, h� ind�cios de que 'os servi�os' de Freiburghaus foram usados pelo almirante.

Othon Luiz foi denunciado formalmente pela for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato por corrup��o passiva, lavagem de dinheiro, embara�o � investiga��o, evas�o de divisas e organiza��o criminosa. Ele est� preso desde o dia 28 de julho. O almirante e a filha Ana Cristina Toniolo, tamb�m denunciada, controlavam a empresa Aratec Engenharia, suspeita de ter recebido ao menos R$ 4,5 milh�es em propinas de empreiteiras com obras na Usina de Angra 3, via empresas intermedi�rias.

Na busca e apreens�o efetuada na resid�ncia de Ana Cristina foram localizados cart�es de visita do operador de propinas. Em uma agenda foram identificados outros telefones de Freiburghaus. Segundo investigadores da Lava Jato, o operador fugiu para a Su��a. Na den�ncia entregue ao juiz federal S�rgio Moro, os procuradores da Rep�blica que investigam desvios na Petrobras assinalam.

"Al�m disso, em raz�o da quebra telef�nica de Bernardo Freiburghaus deferida por esse ju�zo, constatou-se que Othon Luiz fez liga��es ao operador em 26 de setembro de 2013 e 10 de dezembro de 13."


A for�a-tarefa da Lava-Jato afirma que Freiburghaus, segundo dela��o premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, "corroboradas por diversas provas", foi operador financeiro usado pela Odebrecht para dep�sito de propinas para o ent�o dirigente da estatal no exterior. "Para tanto Bernardo Freiburghaus abria contas em nome de offshores tendo como benefici�rios os gestores p�blicos, e, logo ap�s, providenciava os dep�sitos de vantagens indevidas diretamente nestas contas a mando dos administradores da Odebrecht, a qual � tamb�m integrante do Cons�rcio Angramon", aponta a den�ncia.

Freiburghaus nega ser operador de propinas. Seu nome chegou a ser inclu�do na difus�o vermelha, da Interpol, mas foi retirado. Segundo a Procuradoria, ele n�o foi acusado na den�ncia, porque as investiga��es ainda est�o em curso.

De acordo com a for�a-tarefa da Lava-Jato, o esquema de corrup��o instalado na Petrobras expandiu-se, adotando o mesmo modelo criminoso nas licita��es da Eletronuclear. Para os investigadores, houve forma��o de cartel, principalmente nos procedimentos de concorr�ncia dos servi�os de montagem da Usina Angra 3, e as empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, contratadas pela Eletronuclear, serviram-se de empresas de fachada para repassar propinas para o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.

Al�m da Odebrecht, fazem parte do Cons�rcio Angramon, a UTC, a Camargo Corr�a, a Techint, a Andrade Gutierrez, a EBE (Grupo MPE) e a Queiroz Galv�o. S�o r�us nesta a��o: Othon Luiz Pinheiro da Silva, Ana Cristina da Silva Toniolo, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Rog�rio Nora, o atual presidente da empreiteira, Ot�vio Marques de Azevedo, os executivos ligados � companhia, Cl�vis Renato, Olavinho Ferreira Mendes, Fl�vio Barra e Gustavo Botelho, os empres�rios Carlos Gallo, Josu� Nobre, Geraldo Arruda e Victor Colavitti, e os s�cios Jos� Antunes Sobrinho e Cristiano Kok, da empreiteira Engevix.

Na den�ncia, o Minist�rio P�blico Federal requereu o confisco de R$ 4,438 milh�es e, cumulativamente, o mesmo montante para repara��o dos danos causados pelas infra��es cometidas, al�m da condena��o dos acusados.

Ot�vio Marques de Azevedo e Flavio David Barra est�o presos no Complexo M�dico-Penal em Pinhais, na regi�o metropolitana de Curitiba. Othon Luiz est� preso no quartel do Comando da 5ª Regi�o Militar, em Curitiba, e o empres�rio Gerson de Mello Almada cumpre pris�o domiciliar, por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF).

O almirante nega envolvimento com o esquema de corrup��o em Angra 3. Sua filha, Ana Cristina, afirma ter realizado servi�os de tradu��o que justificam a remunera��o recebida. A Odebrecht nega envolvimento com o esquema de propinas que se instalou na estatal petrol�fera entre 2004 e 2014. A empreiteira afirma que nunca pagou propinas.


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