
O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (PSDB-MG), avaliou nessa quinta-feira que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) “est� por um fio”, com o agravamento da crise econ�mica e ap�s a perda do grau de investimento pela ag�ncia Standard & Poor’s. “Temos hoje uma presidente sitiada e um governo que n�o governa mais”, disse ele a jornalistas no Senado. A�cio citou, al�m do agravamento da crise econ�mica, o “esgar�amento da crise pol�tica” para justificar a avalia��o e cobrou cortes do governo federal.
Para o tucano, h� um sentimento de ingovernabilidade no pa�s e at� mesmo setores da iniciativa privada, antes solid�rios ao governo, perderam a confian�a em Dilma. “Estamos, como todos brasileiros perceberam, vivendo hoje o caos anunciado”, disse. Ele reafirmou que a presidente, que o derrotou na elei��o presidencial em 2014, sabia do agravamento da crise desde a primeira metade do ano passado, mas n�o tomou medidas necess�rias e impopulares para a corre��o. “A presidente ampliou os gastos. N�o quis perder popularidade para vencer as elei��es e nos colocou nesta crise profunda.”
A�cio criticou ainda o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por ele ter afirmado que os gastos discricion�rios do Or�amento est�o retornando ao mesmo patamar de 2013. “� verdade, mas esse retorno ao patamar de 2013 � corte de investimentos p�blicos. O ajuste do governo se d� por corte de investimentos e aumento de tributos”, frisou o senador, reafirmando a posi��o contr�ria do PSDB sobre reajustes tribut�rios.
O presidente do PSDB disse que n�o ser� a oposi��o a indicar ao governo de onde vir�o os cortes e emendou: “N�o podemos, at� porque perdemos a elei��o, subir a rampa do Pal�cio do Planalto e come�ar a governar. N�o podemos fazer aquilo que ela n�o est� fazendo”. No entanto, o partido far�, na pr�xima quinta-feira, um semin�rio, no Senado, sobre a crise econ�mica. Est�o previstas as presen�as, segundo A�cio, dos ex-presidentes do Banco Central Arm�nio Fraga e Gustavo Franco, dos economistas Marcos Lisboa, Mansueto Almeida e Samuel Pess�a, al�m do ex-presidente da Rep�blica Fernando Henrique Cardoso.
Indagado se iria se engajar no movimento pr�-impeachment da presidente Dilma, A�cio disse que a iniciativa � da sociedade, apesar de ter a simpatia de parlamentares do PSDB. “O movimento n�o � do PSDB e parte do pressuposto que o governo perdeu as condi��es de governabilidade. � leg�timo, constitucional, mas � da sociedade”, disse.