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Estado de Minas

Empreiteiro diz que Mercadante presenciou acerto por doa��o oriunda de caixa dois

Dono da UTC, Ricardo Pessoa relatou, em dela��o premiada, que a reuni�o com a presen�a do ministro ocorreu em um apartamento em regi�o nobre de S�o Paulo. Repasse de R$ 500 mil iria para campanha � prefeitura da capital paulista


postado em 14/09/2015 21:07 / atualizado em 14/09/2015 22:44

Em dela��o premiada, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, relatou uma reuni�o com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na qual foram acertadas doa��es pol�ticas. De acordo com o empreiteiro, o ministro, ent�o candidato ao governo paulista em 2010, presenciou um acerto para o repasse de R$ 250 mil em doa��o oficial � campanha e outros R$ 250 mil, dados em esp�cie, oriundos do caixa 2 da empreiteira.

O depoimento embasa um pedido de investiga��o contra o ministro, feito pela Procuradoria-Geral da Rep�blica ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Celso de Mello, relator do caso no Tribunal, ir� analisar o pedido ainda nesta semana. Na Corte, os depoimentos de Pessoa permanecem ocultos. O juiz federal S�rgio Moro, que conduz a Opera��o Lava-Jato na Justi�a do Paran�, no entanto, disponibilizou trechos do depoimento nesta segunda-feira.

O empreiteiro relatou que a reuni�o com a presen�a de Mercadante ocorreu em um apartamento no bairro de Alto de Pinheiros, regi�o nobre de S�o Paulo. Estariam presentes, al�m de Pessoa e Mercadante, o ent�o coordenador da campanha petista e hoje presidente do diret�rio estadual do PT Em�dio Souza, e o presidente da Constran - que foi comprada pela UTC -, Jo�o Santana.

Segundo Pessoa, foi Em�dio quem solicitou ao empreiteiro a doa��o de R$ 500 mil, metade em esp�cie e metade como doa��o oficial, sem especificar a raz�o para a divis�o na entrega do dinheiro.

O repasse de R$ 250 mil oriundos do caixa 2 do Grupo UTC, segundo Pessoa, foi feito pelo escrit�rio de advocacia de Roberto Trombeta. Na ocasi�o, Mercadante presenteou Pessoa com um livro e "n�o fez nenhum coment�rio", sobre o pedido de pagamento de parte da doa��o em esp�cie, segundo o delator.

Em nota, o ministro Aloizio Mercadante disse desconhecer o teor da dela��o de Pessoa. Mercadante relata ainda que confirmou a exist�ncia de um �nico encontro, por solicita��o do pr�prio empreiteiro, quando era pr�-candidato ao governo do Estado de S�o Paulo.

"A reuni�o, como j� afirmei em mais de uma oportunidade, ocorreu em minha resid�ncia pelo fato de me encontrar convalescendo de uma interven��o cir�rgica. O senhor Ricardo Pessoa estava representando as empresas de seu grupo econ�mico, a UTC e a Constran, acompanhado de um dirigente dessa empresa, que possui participa��o em grandes obras no Estado de S�o Paulo, a exemplo de metr�, pontes, rodovias, grandes obras vi�rias, entre outras", afirmou Mercadante.

Ele confirma que estava acompanhado por Em�dio, mas diz que n�o houve "qualquer discuss�o de valores, tampouco solicita��o de recursos de caixa dois por parte do coordenador de campanha".

"A contribui��o oficial para campanha foi tratada em momento bem posterior pela coordena��o de campanha e sem a minha presen�a. Na ocasi�o foi informada a disposi��o do senhor Ricardo Pessoa em contribuir com o valor de R$ 500 mil, em duas parcelas iguais, respeitando a legisla��o eleitoral. Assim, a tese de caixa dois � absolutamente insustent�vel, uma vez que s�o exatamente R$ 500 mil os valores declarados, em 2010, e devidamente comprovados em presta��o de contas � Justi�a Eleitoral, inclusive j� aprovada sem qualquer ressalva", explica o ministro.

O pedido de investiga��o de Mercadante n�o est� no gabinete do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, pois foi apartada das apura��es sobre o esquema de corrup��o na Petrobras. A investiga��o a respeito do ministro recai sobre crimes eleitorais com suposto recebimento de dinheiro oriundo de caixa 2.


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