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Estado de Minas

Delator diz que pagou para Jos� Dirceu R$ 2 mi por voos em jatinho

De acordo com o lobista Julio Camargo, valor era abatido da propina que o ex-ministro recebia no esquema da Petrobras


postado em 17/09/2015 06:00 / atualizado em 17/09/2015 07:16

(foto: AFP PHOTO / HEULER ANDREY )
(foto: AFP PHOTO / HEULER ANDREY )

Bras�lia – Delator da Opera��o Lava-Jato, o lobista Julio Camargo afirma que bancou gastos de R$ 2 milh�es do ex-ministro Jos� Dirceu com voos em jatinho pelo pa�s. Os custos dos voos, disse o delator, eram abatidos de uma soma de propina que o ex-ministro recebia com origem na Petrobras. Dirceu virou r�u em a��o ligada � Lava-Jato na ter�a-feira, assim como Camargo. Os depoimentos do delator ajudaram a embasar a den�ncia.

Os repasses a Dirceu, ainda de acordo com Camargo, somaram R$ 4 milh�es e foram realizados de “modo informal” – por isso n�o foram apresentados documentos banc�rios relacionados. O delator disse que o ent�o diretor de Servi�os da Petrobras, Renato Duque, “autorizava” os pagamentos. “O custo dos voos em tais aeronaves, aproximadamente R$ 2 milh�es, foram deduzidos dos valores que Jos� Dirceu tinha para receber da empresa Apolo (fornecedora de tubos) e dos R$ 4 milh�es”, disse o lobista em depoimento, de acordo com a transcri��o.

Camargo acrescentou que costumava “anotar” os voos realizados por Dirceu para depois cobrar os custos de viagem. Ele entregou uma planilha com dados de viagens feitas entre 2010 e 2011. Entre os destinos est�o aeroportos em Minas, Paran� e Bahia. A aquisi��o de um dos dois avi�es usados por Dirceu foi mencionada na den�ncia do Minist�rio P�blico Federal contra o ex-ministro. Segundo a acusa��o, um ter�o de um jato Cessna foi adquirido por Camargo e pelo lobista Milton Pascowitch “em favor” de Dirceu. No depoimento de Camargo, ele afirma que uma outra parcela do Cessna pertencia a um amigo de Dirceu chamado Naim Beydoun.

O relato do delator afirma que fez pagamento ao irm�o do ex-ministro, Luiz Eduardo, e a uma empresa indicada por ele. O depoimento foi prestado no �ltimo dia 31 e foi anexado ao processo em que Dirceu � r�u.

Contrato Tamb�m no depoimento, o delator relatou que se reuniu em sua casa com Dirceu e um representante da empreiteira Camargo Corr�a para discutir um contrato na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ele afirmou que soube de maneira informal que “o assunto” entre a empresa e o ex-ministro acabou “resolvido” entre as duas partes.

No processo em que Dirceu virou r�u, a �nica empreiteira que teve representantes denunciados foi a Engevix. A reportagem n�o conseguiu localizar os advogados de Dirceu para comentar o assunto. Na ter�a, o criminalista Roberto Podval, que defende o ex-ministro, disse que iria apresentar a defesa em 10 dias.


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