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Estado de Minas

PF n�o instalou grampo na cela de doleiro, afirma delegado


postado em 17/09/2015 12:49 / atualizado em 17/09/2015 13:47

O delegado de Pol�cia Federal Igor Rom�rio de Paula, que integra a for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, afirmou em depoimento nesta quarta-feira no processo contra executivos ligados ao Grupo Odebrecht, que 'n�o existiu' ordem para instala��o de aparelho de escuta ambiental na Cust�dia da PF em Curitiba, base da miss�o.

Arrolado como testemunha, Igor Rom�rio afirmou que 'nenhuma autoridade envolvida na Opera��o Lava Jato, nem da Superintend�ncia (da PF no Paran�)' determinou a coloca��o de grampo para captar conversas do doleiro Alberto Youssef, pe�a central da investiga��o.

A suspeita � que o grampo seria usado para captar di�logos do doleiro com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso dias depois, para confrontar suas vers�es. Defensores de alvos da Lava Jato tentam desqualificar a investiga��o, e at� obter sua nulidade, sob argumento de que teria havido grampos ilegais nas celas da PF.

"At� aquele momento (do encontro do equipamento) desconhec�amos que existia esse tipo de aparelho instalado no forro da Cust�dia", declarou o delegado na audi�ncia presidida pelo juiz federal S�rgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde est�o em curso todos os processos criminais da Lava Jato que n�o envolvem pol�ticos com foro privilegiado.

Youssef foi preso dia 17 de mar�o de 2014. O suposto grampo foi localizado cerca de duas semanas depois. "A gente vinha fazendo v�rias revistas na Cust�dia para localizar itens n�o autorizados", relatou o delegado Igor Rom�rio. "Por informa��o da possibilidade de haver um telefone l� dentro foi feita revista na Cust�dia e encontrado uma parte do equipamento nos pertences de Alberto Youssef. At� ali n�o sab�amos nem que o equipamento seria da Pol�cia, o que foi confirmado em seguida, tombado, pertencente ao N�cleo de Intelig�ncia."

Igor Rom�rio esclareceu que as pe�as foram recolhidas, a administra��o da Superintend�ncia comunicada e uma sindic�ncia instaurada. "A sindic�ncia concluiu que o equipamento n�o tinha condi��o de uso", disse.

Ao procedimento, segundo Igor Rom�rio, foram anexados documentos 'sugerindo que o equipamento estivesse l� (na Cust�dia) desde 2008 quando o preso Fernando Beira Mar (traficante de drogas) ficou l�'.

"Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, nos v�rios meses iniciais da opera��o, nunca estiveram presos na mesma cela", informou Igor Rom�rio. "Youssef foi ouvido na Pol�cia Federal e se manteve em sil�ncio. Paulo Roberto Costa foi ouvido no Rio de Janeiro. N�o faz muito sentido uma escuta encontrada j� danificada. Seria incoerente se estiv�ssemos realmente ouvindo e n�o ter tomado provid�ncia."

Outro delegado de Pol�cia Federal que comp�e a for�a-tarefa da Lava Jato M�rcio Adriano Anselmo tamb�m dep�s na audi�ncia de quarta-feira, 16. Ele foi indagado se a PF investigou os ex-deputados Andr� Vargas (PT/PR) e Luiz Arg�lo (ex-PP, afastado do SD/BA) quando eles ainda exerciam seus mandatos na C�mara. Ele disse que a PF n�o investigou deputados.


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