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Estado de Minas

'Impeachment � uma coisa, futuro da previd�ncia � outra', diz deputado tucano


postado em 24/09/2015 15:31 / atualizado em 24/09/2015 15:49

S�o Paulo, 24 - �nico deputado do PSDB a votar pela manuten��o do veto ao c�lculo que, na pr�tica, acabava com o fator previdenci�rio criado no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Samuel Moreira (SP) afirma que � preciso distinguir a oposi��o � presidente Dilma Rousseff - incluindo a defesa de seu afastamento - e quest�es que afetam a sustentabilidade das contas p�blicas do pa�s. "Impeachment � uma coisa, o futuro da Previd�ncia � outra", disse nesta quinta-feira.

Na noite de ter�a-feira, 22, o Congresso manteve o veto presidencial ao dispositivo que permitia aposentadoria quando a soma do tempo de contribui��o e da idade chegasse a 85 anos, no caso das mulheres, e 95 para os homens. Foi a principal vit�ria do governo em rela��o � chamada "pauta-bomba" que eleva os gastos p�blicos, ainda pendente de an�lise de outros vetos, como o reajuste de at� 76% a servidores do Judici�rio.



Para o deputado do PSDB, se analisarmos os n�meros da Previd�ncia Social, "fica claro que n�o temos como criar mais despesas sem buscar antes uma solu��o definitiva, especialmente em rela��o � cria��o de idade m�nima para se aposentar". E complementa, "o d�ficit da Previd�ncia previsto no Or�amento de 2016 � de R$ 124 bilh�es. Em 2015, deve ficar em R$ 85 bilh�es. Ou seja, mesmo a proposta do governo de recriar a CPMF para financiar a Previd�ncia n�o vai resolver absolutamente nada. Mesmo que seja criado um imposto com receita de R$ 32 bilh�es, ainda ficaria um d�ficit muito grande".

Questionado sobre a mudan�a de posi��o, quando, em maio, votou a favor da emenda que criou o c�lculo 85/95, Samuel Moreira afirma que naquele momento a situa��o era outra pois o governo n�o havia apresentado um Or�amento deficit�rio. "Mas j� naquela discuss�o dentro da bancada eu tinha me posicionado contra o fim do fator previdenci�rio, fui voto vencido e acompanhei a maioria. Mas desta vez decidi n�o cometer o mesmo erro pol�tico, n�o tomar uma atitude que causa desgaste ao PSDB, e avisei que votaria diferente. N�o podemos ser contra s� porque � (uma proposta) do PT, porque � de um governo muito complicado e que erra muito", diz.

Oposi��o pela oposi��o

Na vota��o houve muita cr�tica ao PSDB por defender o fim do fator previdenci�rio, criado pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Perguntado se esse tipo de postura, de oposi��o pela oposi��o, que o partido criticava no PT, poderia chegar a abalar a imagem do partido, o deputado diz que 'n�o chega a tanto'. Para ele, o PSDB tem feito uma oposi��o de forma 'muito dura, muito firme e convicta'. "Isso � uma coisa. A outra coisa � a sustentabilidade da Previd�ncia Social, das contas do governo. Outro dia fiz um discurso mencionando que, dos gastos do governo, 71% s�o custeio e mais de 18% � com pessoal, ou seja, quase 90% do Or�amento. � preciso cortar no custeio. N�o posso fazer um discurso assim e depois votar numa quest�o que pode aumentar o custeio da m�quina. Fazer oposi��o, defender o impeachment � uma coisa, e o futuro da Previd�ncia � outra", afirma o deputado.


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