Advogados de defesa de investigados pela for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato preparam pedidos de desmembramento de processos para que investiga��es de seus clientes saiam das m�os do juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pelas a��es em primeira inst�ncia, no Paran�. Pelo menos, dez frentes de apura��o podem ser espalhadas para outros Estados.
Procuradores da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal consideram que cada processo tem sua peculiaridade quando questionados sobre repercuss�o da decis�o da Corte.
Em Nova York, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa, reconheceu que a decis�o foi uma "derrota". "� claro que a investiga��o acaba sofrendo com a sua divis�o", disse. "Temos que nos aprender a nos reinventar. Devemos nos adaptar � realidade. A decis�o do Supremo est� colocada, n�s respeitamos, embora discordemos."
Dallagnol est� nos Estados Unidos com outros procuradores da opera��o. "Vamos lutar e trabalhar arduamente para que n�o haja grandes perdas. Pelo contr�rio, para que consigamos agregar a partir dessa derrota que n�s tivemos no Supremo."
Processos em fase final, como o que apurou lavagem de dinheiro em acordo que seria fechado entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-deputado federal Andr� Vargas, � incerto que saiam das m�os de Moro.
H� ainda investiga��es sobre outros setores, como os contratos de publicidade, os casos dos fundos de pens�o, outras frentes que ainda sequer entraram como foco de prioridade das apura��es.
Exemplo
"A decis�o do STF vem na mesma linha daquilo que j� v�nhamos sustentando", disse o criminalista Ant�nio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende a ex-governadora do Maranh�o Roseana Sarney (PMDB) e outros pol�ticos. Kakay conseguiu levar para o Maranh�o a investiga��o que cita Roseana. "Foi a primeira decis�o no sentido de que a compet�ncia tinha que ser deslocada para o Maranh�o porque o epis�dio n�o tem nenhuma liga��o com a Lava-Jato."