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Estado de Minas

Na ONU, Dilma comenta economia e diz que impedir livre tr�nsito de refugiados "� absurdo"

A presidente falou de quest�es mundiais, mas tamb�m tocou em assuntos internos do Brasil, como a redu��o da pobreza e os desafios da economia, al�m do combate � corrup��o


postado em 28/09/2015 11:16 / atualizado em 28/09/2015 12:18

(foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP)
(foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP)


A presidente Dilma Rousseff (PT) abriu nesta segunda-feira a 70ª Assembleia Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU). Durante sua fala, ela ressaltou a necessidade de reestrutura��o da organiza��o para que seja poss�vel maior integra��o entre as na��es. A presidente ainda destacou que problemas como o dos refugiados na S�ria, de viol�ncia do estado isl�mico, al�m de quest�es raciais e de g�nero devem ganhar mais aten��o do colegiado de pa�ses. Ainda sobre os refugiados, a presidente ainda destacou a postura do pa�s relacionada de acolhimento. “Em um mundo onde circulam, livremente, mercadorias, capitais, informa��es e ideias, � absurdo impedir livre tr�nsito de pessoas. […] O Brasil � um pa�s de acolhimento. Recebemos s�rios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo”, afirmou sob aplausos.

Tradi��o na ONU, o discurso de abertura do congresso sempre fica por conta das autoridades brasileiras. Al�m dos assuntos de repercuss�o mundial, Dilma destacou boa parte de seu discurso a quest�es internas do pa�s. Sobre economia, a presidente afirmou que o pa�s passa por um momento de transi��o e que enfrenta problemas conjunturais, mas n�o estruturais, afetados por quest�es internas e tamb�m externas. “Hoje, a economia brasileira � mais forte, s�lida e resiliente do que h� alguns anos. Temos condi��es de superar as dificuldades”, disse.

A presidente reafirmou que vem tomando medidas para equilibrar o or�amento e reduzindo os gastos do or�amento e que nos �ltimos seis anos, o governo tentou barrar os efeitos da crise externa, mas o esfor�o agora “chegou no limite”. O que justificaria o ajustes e o corte das despensas para retomar o crescimento.

O tom de sua fala mostra uma mudan�a na forma como trata externamente a pol�tica econ�mica do Brasil. Dessa vez, ela adotou a mesma linha que j� vem sendo seguida nos discursos internos, onde j� chegou a admitir que houve equ�vocos na condu��o da economia.

Corrup��o

A presidente Dilma Rousseff tamb�m disse que seu governo n�o compactua com corrup��o. “O Governo e a sociedade brasileiros n�o toleram a corrup��o. A democracia brasileira se fortalece quando a autoridade assume o limite da lei como o seu pr�prio limite”, afirmou. Para ela, os governantes devem seguir rigorosamente as atribui��es, mas “sem ceder a excessos”.

Indiretamente, Dilma mandou recado aos ju�zes que atuam no �mbito da Opera��o Lava-Jato, que investiga desvios de recursos p�blicos para o pagamento de propina em contratos com a Petrobras. A presidente disse que o pa�s deve garantir que os ju�zes julguem com imparcialidade, “sem o sabor das paix�es partid�rias”. Ela defendeu o direito a pensamentos contr�rios e citou Jos� Mujica, ex-presidente do Uruguai, que defendeu a democracia, apesar dos defeitos e imperfei��es que ela possa apresentar, mas, apesar disso, o processo democr�tico deve ser garantido.

"Queremos um pa�s em que o confronto de ideias se d� em um ambiente de civilidade e respeito. Queremos um Pa�s em que a liberdade de imprensa seja um dos fundamentos do direito de opini�o e a manifesta��o de posi��es diversas direito de todos os brasileiros", acrescentou.

Sobre a ONU

A presidente ressaltou que a ONU teve avan�os importantes em seus 70 anos destacando que o processo de descoloniza��o "apresentou not�vel evolu��o", bem como quest�es para tratar das mudan�as clim�ticas o fim da pobreza e desenvolvimento sustent�vel. Nesse sentido, "temas como desafios urbanos e as quest�es de g�nero e ra�a ganharam prioridade", disse ela.

A ONU, por�m, n�o conseguiu o mesmo �xito ao tratar de outros temas, como a seguran�a coletiva. "A multiplica��o de conflitos regionais, alguns com alto potencial destrutivo, assim como a expans�o do terrorismo, que mata homens, mulheres e crian�as, destr�i o patrim�nio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milh�es de pessoas, mostram que a ONU est� diante de um grande desafio."

A presidente do Brasil defendeu a reforma "abrangente" do Conselho de Seguran�a, com amplia��o de seus membros permanentes e n�o permanentes. Ao longo do final de semana em Nova York, Dilma tocou no tema e se reuniu com Alemanha, Jap�o e �ndia, que junto com o Brasil, foram o G-4, grupo criado especialmente para pedir reformas no Conselho. "Para dar �s Na��es Unidas a centralidade que lhe corresponde, � fundamental uma reforma abrangente de suas estruturas."

A reforma da ONU, afirmou Dilma, � essencial para criar uma institui��o mais forte, que lide com crescentes problemas da economia mundial. Ela mencionou o terrorismo e conflitos armados que produzem outro problema, os refugiados. "N�o se pode ter complac�ncia com tais atos de barb�rie, como aqueles perpetrados pelo Estado Isl�mico e outros grupos associados", disse, mencionando o menino s�rio encontrado morto em uma praia na Turquia e as 71 pessoas asfixiadas em um caminh�o na �ustria.

 Com Ag�ncia Estado


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