Em dela��o premiada � for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal, o lobista M�rio G�es revelou que o sucessor de Pedro Barusco na ger�ncia Executiva de Engenharia da Petrobras, Roberto Gon�alves, tamb�m recebeu propina no esquema de corrup��o instalado na estatal entre 2004 e 2014.
"A atua��o de Roberto Gon�alves no esquema de pagamento de propinas junto a estatal j� foi detalhado em um termo complementar lavrado junto ao MPF em 12 de agosto de 2015, cuja c�pia apresenta nesta oportunidade", afirmou o lobista.
Pedro Barusco foi bra�o direito de Renato Duque na Diretoria de Servi�os da estatal - Duque � apontado como elo do PT no esquema de propinas. Barusco tamb�m fez dela��o premiada e devolveu, espontaneamente, US$ 97 milh�es que, segundo ele pr�prio, recebeu em propinas.
Ele tamb�m foi diretor de Opera��es da Companhia da Sete Brasil, empresa constitu�da com diversos investidores, entre eles a Petrobras e com recursos provenientes de fundos de pens�o. Em 2011, a Sete Brasil venceu licita��o da Petrobras para a opera��o de 21 sondas do pr�-sal. Barusco foi sucedido por Roberto Gon�alves.
Preso em 5 de fevereiro deste ano, M�rio G�es decidiu contar o que sabe sobre o esquema de propinas instalado na estatal naquele per�odo de mais de dez anos, em troca de benef�cios, como redu��o de pena. M�rio G�es � apontado pelos investigadores como operador de propinas na Diretoria de Servi�os da Petrobras.
O lobista afirmou aos investigadores que decidiu contratar um advogado no exterior para obter documentos que pudessem corroborar suas declara��es e auxiliar na repatria��o de recursos. Segundo o lobista, lhe foram entregues documentos relacionados a contas utilizadas por ele junto ao banco Lombard Odier.
"Dentre esse material observa existirem extratos da conta Mayana Trading Corp, a qual inicialmente imaginava ter sido utilizada apenas para a sua movimenta��o l�cita, entretanto verifica a exist�ncia de uma transfer�ncia no dia 24 de maio de 2012 no valor de US$ 250 mil sob a denomina��o "transfer to a client" (representativa a opera��es dentro da mesma ag�ncia) a qual tanto pode representar um pagamento feito a Pedro Barusco como a Roberto Gon�alves, o qual veio a suceder Barusco na Ger�ncia Executiva de Engenharia da Petrobras", afirmou M�rio G�es. "Acrescenta que Barusco possu�a conta nesse mesmo banco, sendo que Roberto ali manteve conta por um curto espa�o de tempo tamb�m."
Roberto Gon�alves havia sido citado na dela��o premiada de Pedro Barusco. Segundo o delator, seu sucessor participou da divis�o de propina no �mbito do esquema envolvendo a Sete Brasil.
Recentemente, dois ex-executivos da Sete Brasil se tornaram delatores e concordaram em devolver espontaneamente aos cofres p�blicos R$ 7,5 milh�es e repatriar US$ 5,1 milh�es ocultos em contas secretas fora do Pa�s. Jo�o Ferraz foi presidente da Sete Brasil e Eduardo Musa, ex-gerente-geral da Diretoria de Internacional da Petrobras e diretor de Opera��es da Sete Brasil.
Defesa
O funcion�rio citado n�o faz parte do quadro de empregados da Petrobras desde dezembro de 2014. A Petrobras informa, ainda, que continua colaborando com as autoridades nas investiga��es.