
A ex-governadora do Maranh�o Roseana Sarney (PMDB) classificou de 'absurda' a pris�o de Jo�o Abreu, chefe da Casa Civil de sua gest�o (2009/2014). Sob suspeita de ter recebido propina de R$ 3 milh�es para facilitar a libera��o de um precat�rio de R$ 134 milh�es para a empreiteira UTC/Constran, Abreu foi preso na sexta-feira passada, quando desembarcava no Aeroporto Internacional de S�o Lu�s, procedente de um voo de S�o Paulo.
Em nota p�blica divulgada no s�bado, Roseana saiu em defesa de seu aliado. Enf�tica, a ex-governadora manifestou 'indigna��o'. Ela avalia que o Maranh�o vive 'um clima de amea�a, persegui��o e intoler�ncia'. Roseana afirma que Jo�o Abreu � 'empres�rio exemplar, chefe de fam�lia respeit�vel, incapaz de praticar atos de que lhe acusam'. "Estamos estarrecidos com a absurda pris�o do ex-secret�rio da Casa Civil, Jo�o Abreu", declara Roseana Sarney.
Ela aponta diretamente para seu sucessor, o atual governador maranhense Fl�vio Dino (PCdoB). "O governador venceu as elei��es para governar e promover a justi�a social e n�o para criar esse clima ideol�gico de persegui��o. Mas gasta seu tempo fazendo o que lhe � mais agrad�vel, odiando, perseguindo, distribuindo culpas aos que n�o lhe s�o simp�ticos e apalpando as culpas dos culpados que o aplaudem."
Roseana acredita que a pris�o de seu ex-homem forte 'faz parte de um plano de persegui��o para constrang�-la e �s pessoas que com ela trabalharam'. Ela diz que querem 'gerar espet�culos midi�ticos que desviem a aten��o da opini�o p�blica para a paralisa��o em que se encontra o Maranh�o'.
O precat�rio milion�rio � alvo da Opera��o Lava-Jato. Um dos investigados pela Pol�cia do Maranh�o � o doleiro Alberto Youssef, pe�a central do esquema de corrup��o que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014. Ele foi preso no dia 17 de mar�o de 2014 em S�o Lu�s, supostamente ao entregar a propina a um 'emiss�rio' do governo Roseana.
As investiga��es do caso come�aram na sede da for�a-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, mas a defesa recorreu e conseguiu que o caso fosse encaminhado para a Justi�a estadual no Maranh�o. O ex-secret�rio responde a inqu�rito ao lado do doleiro Alberto Youssef, Rafael �ngulo Lopes e Adarico Negromonte Filho, suspeitos de operar os pagamentos e o corretor Marco Antonio Ziegert, o Marc�o, suposto elo entre Youssef e o governo do Maranh�o.
Roseana diz que 'n�o h� nada de irregular' no neg�cio sob suspeita da Pol�cia de seu Estado. "� fato que existe uma cita��o de um dos acusados presos pela Lava Jato referente a um precat�rio que foi objeto de a��o rescis�ria ajuizada pelo Minist�rio P�blico do Maranh�o em 27 de agosto de 2013", assinala a ex-governadora. "Cabe ressaltar que, quando foi objeto da a��o rescis�ria, o caso estava em primeiro lugar na lista de precat�rios. Era uma a��o de indeniza��o proposta por uma empreiteira, h� mais de 25 anos, contra o Estado do Maranh�o. N�o h� nada de irregular nesse acordo, aprovado por todos os �rg�os estaduais e homologado pela Justi�a."