(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Eu era o nome do PMDB, diz lobista que acusa Eduardo Cunha

Jo�o Augusto Henriques diz ter sido convidado para a Diretoria Internacional da Petrobras pelo deputado Fernando Diniz, falecido em 2009, mas PT recusou a indica��o


postado em 28/09/2015 16:49 / atualizado em 28/09/2015 17:09

Em depoimento � Pol�cia Federal, o lobista Jo�o Augusto Henriques, ligado ao PMDB, afirmou que o ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG) - morto em 2009 - o convidou para ser o diretor Internacional da Petrobras. Jo�o Henriques foi preso na segunda-feira passada, na 19ª fase, Opera��o 'Ningu�m Durma', da Opera��o Lava-Jato. Jo�o Henriques afirmou � Pol�cia Federal que abriu uma conta na Su��a para pagar propina ao presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O lobista Jo�o Henriques n�o especificou valores e nem a data. Segundo ele, a suposta transfer�ncia para Cunha est� ligada a um contrato da Petrobras relativo � compra de um campo de explora��o em Benin, na �frica.



Segundo o lobista do PMDB, o PT n�o aceitou a sua indica��o. Meses depois, afirmou, o engenheiro Jorge Luiz Zelada ocupou o cargo. Zelada ocupou a cadeira m�xima da Diretoria Internacional da estatal entre 2008 e 2012, sucedendo Nestor Cerver� - ambos, Cerver� e Zelada, est�o presos em Curitiba, base da Lava- Jato. "Fernando Diniz tentou me colocar, eu era o nome do PMDB", afirmou Jo�o Henriques. "Mas o PT n�o aceitou, eu n�o tinha os valores que eles queriam. Eu fui efetivamente convidado pelo Fernando Diniz. Eles iam passar para a Casa Civil. Foi negado, dizendo que o conselho n�o aceitava. A� eles usaram o TCU (Tribunal de Contas da Uni�o) como uma alega��o para negar. O PT n�o queria. Vou usar da minha arrog�ncia agora, eu n�o queria fazer o projeto megaloman�aco deles. Porque era irreal. Fazer 28 sondas, refinaria, era irreal. Tinha que existir projeto."

Jo�o Henriques afirmou � PF que Jorge Zelada n�o era bem visto pelo PMDB e pelo PT. De acordo com o lobista, a indica��o de Zelada ao cargo n�o partiu dele e citou os ex-diretores da Petrobras Renato Duque (Servi�os) - apontado pelos investigadores como elo do PT na estatal petrol�fera - e Guilherme Estrella (Explora��o & Produ��o) e os ex-presidentes da companhia Jos� Sergio Gabrielli e Gra�a Foster.

"Que for�a eu tenho para indicar o Zelada?"; que Jorge Zelada era um "cara" que trabalhava para o Duque; que para o PT era interessante ter outro diretor que, em tese, trabalhasse para eles. Disse: "Todo mundo achou que eu tinha influ�ncia", disse. "Se eu tivesse essa for�a n�o indicava Gabrielli, Gra�a, Estrela. Nem na minha empresa eles trabalhariam".

Zelada � o quarto ex-diretor da Petrobras preso desde o in�cio da Lava-Jato. Tamb�m foram presos e denunciados, os ex-dirigentes da estatal Renato Duque, Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerver� e o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco. Todos s�o acusados de ter recebido propinas sobre contratos com as maiores empreiteiras do pa�s que se cartelizaram na companhia entre 2004 e 2014.

Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco fizeram dela��o premiada e admitiram envolvimento com o esquema de corrup��o na Petrobras. Duque, Zelada e Cerver� negam.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)