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Estado de Minas

Dilma cede a press�es do PMDB e come�a reforma ministerial

PMDB ter� sete minist�rios. Presidente ainda nomear� o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, para a Casa Civil, a fim de satisfazer o PT e PMDB, para melhorar rela��es com o Congresso


postado em 01/10/2015 06:00 / atualizado em 01/10/2015 07:34

Petistas e aliados do governo criticam a postura arrogante de Mercadante à frente da Casa Civil e cobram sua saída para melhorar articulação com o Congresso (foto: Wilson Dias/Agência Brasil )
Petistas e aliados do governo criticam a postura arrogante de Mercadante � frente da Casa Civil e cobram sua sa�da para melhorar articula��o com o Congresso (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil )
A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar nesta sexta-feira a reforma ministerial com mudan�as que resistiu a fazer, mas acabou tendo que ceder �s press�es do PMDB, que passar� a ter sete pastas, de parte do PT e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Um dos pontos de embate foi a Sa�de, na qual o petista Arthur Chioro dar� lugar a um peemedebista. Um dos principais objetivos da reforma � melhorar as rela��es do Pal�cio do Planalto com o PMDB para conseguir aprovar propostas do governo e barrar o impeachment. Hoje, depois de emplacar praticamente tudo o que queria na reforma, Lula desembarca em Bras�lia para apresentar a Dilma, durante almo�o no Pal�cio da Alvorada, a �ltima demanda petista: tirar Joaquim Levy da Fazenda e p�r, em seu lugar, Henrique Meirelles. Com base na press�o de petistas — e tamb�m de peemedebistas, Lula convenceu Dilma a tirar Aloizio Mercadante da Casa Civil e substitu�-lo pelo baiano Jaques Wagner. Mercadante dever� ocupar a pasta da Educa��o.

Em reuni�o com Temer na manh� de quarta-feira, Dilma comunicou a ele a troca nas pastas. Ela resistia a tirar Mercadante da Casa Civil, mas a press�o do PT foi intensificada depois da decis�o da presidente de dar ao PMDB o Minist�rio da Sa�de. Sem esta pasta, os petistas se viram com menos poder no governo. Al�m de atender ao PT e a Lula, a sa�da de Mercadante da Casa Civil deve garantir uma melhora nas rela��es com o PMDB e com o Congresso, muito desgastadas pelo perfil considerado arrogante de Mercadante pelos parlamentares e pela maioria dos peemedebistas. Em entrevista na noite de quarta-feira, Temer disse que o an�ncio da reforma ser� feito nesta sexta-feira.

Durante reuni�o com a executiva nacional do PT, em S�o Paulo, ontem, Lula disse que as mudan�as a serem anunciadas pela presidente deveriam ter ocorrido em novembro do ano passado, quando ela estava embalada nos 54 milh�es de votos recebidos no segundo turno das elei��es presidenciais. O PT tamb�m queria outra troca, com uma chance menor de �xito: a sa�da de Jos� Eduardo Cardozo do Minist�rio da Justi�a. A especula��o que correu por Bras�lia nesta quarta-feira era de que o petista poderia ser substitu�do por Nelson Jobim — que, a exemplo de Meirelles, n�o conta com a simpatia da presidente. Ambos estariam se reaproximando, tanto que o ex-ministro da Justi�a e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal teria sido respons�vel pelas negocia��es, no STF, que levaram ao desmembramento das investiga��es da Opera��o Lava-Jato.

J� Jaques Wagner negou que tivesse recebido qualquer convite para trocar de minist�rio, mas n�o se mostrou refrat�rio. “Sou parte desse projeto (de governo), estou � disposi��o no que puder ajudar”, disse, ao chegar para audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados. Para o lugar de Wagner, vai o atual ministro de Ci�ncia e Tecnologia, Aldo Rebelo. Ele assumir� a pasta em um momento delicado. No domingo, o comandante do Ex�rcito, general Eduardo Villas-Boas, afirmou que a falta de recursos para a��es definidas ainda durante o governo Lula colocam empreendimentos em risco de “retroceder 30, 40 anos em meio a um cen�rio de ajuste fiscal”.

A c�pula do PMDB tamb�m recebeu a garantia de Dilma que Helder Barbalho, ministro da Pesca, ir� para os Portos, j� que sua atual pasta ser� extinta. Helder esteve com Dilma no come�o da noite de ter�a-feira, no Pal�cio do Planalto, quando foi comunicado do fechamento da Pesca.

Outro nome para a Sa�de


Nas pastas do PMDB tamb�m pode haver surpresas. Antes bem cotado para a Sa�de, o deputado Manoel J�nior (PB) perde espa�o para Marcelo Castro (PI). J�nior foi citado na CPI da Pistolagem de 2005. As restri��es a Castro vinham do fato de ele estar rompido politicamente com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ). Mas o peemedebista piauiense tem ensaiado uma reaproxima��o com o presidente da Casa. O Minist�rio da Sa�de tem o principal or�amento federal (R$ 91,5 bilh�es em 2015) e � respons�vel tamb�m pelo maior sistema p�blico de sa�de do mundo. Depois veem a Educa��o (R$ 39,3 bilh�es e o Desenvolvimento Social (R$ 31,6 bilh�es). Com a insist�ncia do ministro Eliseu Padilha de permanecer � frente da Secretaria Nacional de Avia��o Civil — caso contr�rio, prefere deixar o governo — e a escolha para que Helder Barbalho fique nos Portos, o segundo indicado pelo PMDB da C�mara – provavelmente o deputado Celso Pansera (RJ) – deve ocupar o Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, no lugar de Aldo Rebelo.

Um dia ap�s afastar o ministro da Sa�de, Arthur Chioro, a presidente Dilma Rousseff demitiu  o titular da Educa��o, Renato Janine Ribeiro, que ficou apenas seis meses no cargo. Ele esteve em uma reuni�o reservada com ela no Pal�cio do Planalto. De acordo com a assessoria do MEC, a presidente “agradeceu e reconheceu o trabalho dele”. Dilma tamb�m reuniu-se com governadores do PSB — Ricardo Coutinho (PB), Rodrigo Rollemberg (DF) e Paulo C�mara (PE). Ela quer o PSB de volta ao governo, mas os socialistas paulistas resistem. Dilma pediu ajuda na derrubada das pautas-bombas e a aprova��o do ajuste fiscal no Congresso.


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