
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira a Pol�cia Federal a colher o depoimento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em um dos inqu�ritos da Opera��o Lava Jato. Lula, no entanto, ser� ouvido como informante e n�o como investigado.
O depoimento de Lula foi pedido no in�cio de setembro pelo delegado da Pol�cia Federal Jos�lio Sousa, com o objetivo de apurar
No despacho em que autoriza que Lula seja ouvido, Zavascki ressalta que cabe ao procurador-geral e �s autoridades policiais apontarem quais dilig�ncias devem ser cumpridas no curso da investiga��o. "O modo como se desdobra a investiga��o perante o Supremo Tribunal Federal e o ju�zo sobre a conveni�ncia, a oportunidade ou a necessidade de dilig�ncias tendentes � convic��o acusat�ria s�o atribui��es do Procurador-Geral da Rep�blica e da autoridade policial, a qual se atribui o poder-dever de reunir os elementos necess�rios � conclus�o das investiga��es, efetuando as inquiri��es e realizando as demais dilig�ncias necess�rias � elucida��o dos fatos, apresentando, ao final, pe�a informativa", escreveu Zavascki.
Lula ser� ouvido no inqu�rito que tramita no Supremo Tribunal Federal e investiga 39 pessoas por suposta constru��o de um esquema para distribui��o dos recursos il�citos a pol�ticos de ao menos tr�s partidos: PP, PMDB e PT. Zavascki autorizou os depoimentos dos demais nomes apontados pela Pol�cia Federal e endossados pelo parecer da PGR. Entre eles, os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e Jos� Dirceu; do presidente do PT, Rui Falc�o; e do ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli. Eles tamb�m n�o ser�o ouvidos como investigados.
Para o delegado da PF Jos�lio Souza, � preciso buscar ind�cios para verificar eventuais vantagens pessoais recebidas pelo ent�o presidente, como atos de governo que "possibilitaram que o esquema" fosse mantido. Na semana passada, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, j� havia concordado com o pedido de depoimento por parte da PF. E ao recomendar que Zavascki atendesse o pedido, ele destacou que o ex-presidente e as novas testemunhas n�o s�o investigados. De acordo com o procurador-geral, at� o momento n�o h� o que "justifique" a amplia��o da lista de investigados perante o Supremo.
Ainda na mesma decis�o, o ministro Teori Zavascki afirmou que o STF n�o � �rg�o consultivo para responder ao pedido do PSDB para definir se a presidente Dilma Rousseff pode ou n�o ser investigada. Ele tamb�m aceitou prorrogar o inqu�rito por mais 80 dias para a coleta dos depoimentos. (Com Ag�ncia Estado)