O ex-ministro da Secretaria Geral da Presid�ncia Gilberto Carvalho disse achar "natural" ser ouvido pela Pol�cia Federal no �mbito da Opera��o Lava- Jato e que recebe o pedido "com tranquilidade". "N�o devo nada. Acho importante para que possa de uma vez sanar essa d�vida que surgiu a partir da fala de um delator", afirmou neste s�bado. Na CPI da Petrobras, durante acarea��o realizada entre o doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, em 25 de agosto, o ex-diretor de Abastecimento disse que o Planalto sabia do esquema de desvios dentro da empresa.
"Desejo que essas investiga��es v�o at� o final pra conseguir de fato extirpar a corrup��o no Pa�s", afirmou. Para Carvalho, "� necess�rio que se estabele�a uma equanimidade de tratamento e que todos os fatos sejam rigorosamente apurados".
O delegado da Pol�cia Federal Jos�lio Sousa pediu autoriza��o ao Supremo Tribunal Federal para que Carvalho, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e os ex-ministros Ideli Salvatti (Secretaria de Rela��es Institucionais, governo Dilma Rousseff) e Jos� Dirceu (Casa Civil, governo Lula) sejam ouvidos num dos inqu�ritos da opera��o Lava Jato que apura se houve "forma��o de uma organiza��o criminosa na Petrobras para desvio de dinheiro p�blico e pagamento de propina a pol�ticos".
Consta no pedido que "o ex-presidente (Lula) pode ter se beneficiado, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manuten��o de uma base e apoio partid�rio sustentada �s custas de neg�cios il�citos na Petrobras".
O relator do caso Leva Jato no Supremo, Teori Zavascki, autorizou nesta sexta-feira, 2, a oitiva dos nomes apontados pela Pol�cia Federal. O ministro disse que a PF pode colher depoimento de Lula como "informante" nas investiga��es do esquema de corrup��o da Petrobras.