O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava Jato, remeteu nesta segunda-feira, 5, ao Supremo Tribunal Federal (STF) seis processos e um inqu�rito relacionados a suposto esquema de propina nas obras da Usina de Angra 3, da Eletronuclear, envolvendo o ex-presidente da estatal almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva.
A medida atende determina��o do ministro Teori Zavascki, do STF, que suspendeu a a��o. Na investiga��o, um dos alvos, o presidente da Andrade Gutierrez Energia, Fl�vio David Barra, citou o senador Edison Lob�o (PMDB-MA). O parlamentar det�m foro privilegiado junto a Corte m�xima.
No dia 30 de julho, Fl�vio David Barra prestou depoimento � Pol�cia Federal e afirmou que o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, pediu doa��o para campanhas eleitorais do PMDB. Pessoa teria dito que falava 'em nome' do senador Edison Lob�o.
Barra foi preso na Opera��o Radioatividade, 16ª fase da Lava Jato, em 28 de julho deste ano, sob suspeita de pagamento de propinas para Othon Luiz Pinheiro da Silva, que tamb�m foi capturado pela PF, por ordem do juiz federal S�rgio Moro. Os dois investigados, Barra e Othon, est�o presos em Curitiba, base da opera��o.
A defesa de Barra entrou com Reclama��o no STF, pedindo a suspens�o da a��o penal que o dirigente da empreiteira responde na 13ª Vara Federal de Curitiba, Segundo os advogados do executivo da Andrade Gutierrez, houve usurpa��o de compet�ncia do Supremo, pois durante as investiga��es "surgiram evid�ncias de que haveria um acordo entre empresas participantes para fraudar a licita��o da Usina Angra 3, no qual seria devido 1% a t�tulo de propina a integrantes do PMDB, notadamente o Senador Edison Lob�o (PMDB/MA)".
Segundo o executivo da Andrade Gutierrez, a reuni�o ocorreu em agosto de 2014, na sede da UTC em S�o Paulo. Pessoa foi preso na Lava Jato em novembro de 2014. Ele se tornou um dos delatores da opera��o.