
Amigo de Z� Dutra, como o petista e botafoguense era conhecido, Lula ficou por cerca de uma hora no local e participou do momento de homenagem a ele. O ex-presidente chegou pelo estacionamento e n�o quis dar entrevista. Em sua fala dentro do vel�rio, disse que teve uma rela��o quase de irm�o com Dutra e falou da conviv�ncia desde a funda��o do PT, passando pela elei��o como senador e a luta pelos trabalhadores e pela democracia. “Tive o prazer de ter indicado Dutra como o primeiro presidente da Petrobras. Foi uma das pessoas que recuperaram a Petrobras. Ele deu � empresa uma dimens�o extraordin�ria”, afirmou.
Tamb�m estiveram presentes o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, e o tamb�m ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli, que n�o falaram com a imprensa. O secret�rio nacional de finan�as do PT, M�rcio Macedo, foi o porta-voz do partido. “Hoje o PT se despede de um dos quadros mais qualificados do partido. � uma forma de militante que n�o se fabrica mais. Que consegue juntar habilidade pol�tica, a��o parlamentar, disciplina partid�ria, compromisso ideol�gico e bom gestor. Far� uma falta imensa”, afirmou.
Dutra morreu em decorr�ncia de um c�ncer de pele contra o qual lutava h� cinco anos. Natural do Rio de Janeiro, ele se tratava na capital mineira para ficar com a fam�lia, que mora em BH. Ge�logo de forma��o, o pol�tico deixou dois filhos. Ele estava afastado de cargos pol�ticos desde fevereiro deste ano, quando se licenciou da diretoria corporativa e de servi�os da Petrobras para tratamento de sa�de. Nascido no Rio de Janeiro, Dutra passou a inf�ncia em Caputira e a adolesc�ncia em Caratinga, ambas na Zona da Mata mineira.

Questionado sobre o fato de protestar em frente a um vel�rio, o aposentado Cipriano de Oliveira, de 60 anos, respondeu: “Impr�prio � o presidente corrupto estar aqui. N�o aprovo a presen�a dele em Minas. Uma pessoa corrupta que implantou o mensal�o e o petrol�o”.
O l�der de governo do PT na Assembleia Legislativa, deputado estadual Durval �ngelo, comparou o protesto a atos de natureza fascista e nazista, que culminaram na Segunda Guerra Mundial. “� o Brasil da intoler�ncia, do �dio, que n�o respeita a dor da fam�lia”, disse. “Fazer isso perante a morte demonstra (falta) de car�ter dessas pessoas”, refor�ou o secret�rio de Estado de Direitos Humanos, Nilm�rio Miranda. O bloco do PT no Legislativo denunciou os atos ao Minist�rio P�blico, que acatou a representa��o Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, essas manifesta��es que atentam contra a democracia, perturbam cerim�nias funer�rias, ofendem e amea�am pessoas s�o pass�veis de serem enquadradas como crime.