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Estado de Minas

Lula e Pimentel se despendem de Dutra em meio a protestos

Ex-presidente do partido, Jos� Eduardo Dutra, morto em decorr�ncia de um c�ncer de pele, foi cremado ontem � tarde, em Belo Horizonte


postado em 06/10/2015 06:00 / atualizado em 06/10/2015 08:07

Lula se despediu do amigo e companheiro de partido e deixou o local sem falar com a imprensa(foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Lula se despediu do amigo e companheiro de partido e deixou o local sem falar com a imprensa (foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
A c�pula do PT, parentes e amigos se despediram do ex-presidente do partido, Jos� Eduardo Dutra, morto em decorr�ncia de um c�ncer de pele e cremado ontem � tarde, em Belo Horizonte. Nas �ltimas homenagens prestadas, ele foi exaltado por sua atua��o na legenda e apontado como o respons�vel pela revitaliza��o da Petrobras, que presidiu por dois per�odos. Pela manh�, durante o vel�rio, a presen�a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e de outras lideran�as petistas levou manifestantes contr�rios ao PT � porta da Funeral House, no Bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul da capital.

Amigo de Z� Dutra, como o petista e botafoguense era conhecido, Lula ficou por cerca de uma hora no local e participou do momento de homenagem a ele. O ex-presidente chegou pelo estacionamento e n�o quis dar entrevista. Em sua fala dentro do vel�rio, disse que teve uma rela��o quase de irm�o com Dutra e falou da conviv�ncia desde a funda��o do PT, passando pela elei��o como senador e a luta pelos trabalhadores e pela democracia. “Tive o prazer de ter indicado Dutra como o primeiro presidente da Petrobras. Foi uma das pessoas que recuperaram a Petrobras. Ele deu � empresa uma dimens�o extraordin�ria”, afirmou.

Tamb�m estiveram presentes o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, e o tamb�m ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli, que n�o falaram com a imprensa. O secret�rio nacional de finan�as do PT, M�rcio Macedo, foi o porta-voz do partido. “Hoje o PT se despede de um dos quadros mais qualificados do partido. � uma forma de militante que n�o se fabrica mais. Que consegue juntar habilidade pol�tica, a��o parlamentar, disciplina partid�ria, compromisso ideol�gico e bom gestor. Far� uma falta imensa”, afirmou.

Dutra morreu em decorr�ncia de um c�ncer de pele contra o qual lutava h� cinco anos. Natural do Rio de Janeiro, ele se tratava na capital mineira para ficar com a fam�lia, que mora em BH. Ge�logo de forma��o, o pol�tico deixou dois filhos. Ele estava afastado de cargos pol�ticos desde fevereiro deste ano, quando se licenciou da diretoria corporativa e de servi�os da Petrobras para tratamento de sa�de. Nascido no Rio de Janeiro, Dutra passou a inf�ncia em Caputira e a adolesc�ncia em Caratinga, ambas na Zona da Mata mineira.

Manifestantes anti-PT levaram cartazes para a porta do velório(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Manifestantes anti-PT levaram cartazes para a porta do vel�rio (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Panfletos Parlamentares e integrantes da legenda em Minas compareceram em peso � despedida a Dutra. Al�m de destacar a trajet�ria do petista, eles lamentaram os atos de intoler�ncia vistos do lado de fora do vel�rio. O motorista de uma Saveiro preta jogava panfletos de conte�do pejorativo contra a presidente Dilma Rousseff. Em outro papel escreveu os dizeres “petista bom � petista morto”. Depois, quatro pessoas do grupo nacionalista Patriotas chegaram segurando uma bandeira do Brasil manchada de vermelho e cartazes com frases como “Lula pai de ricos” e “Lula sua hora est� chegando tamb�m”. Enquanto se encaminhavam para a porta do funeral, uma mulher do grupo disse: “Podia cair uma bomba a� dentro”. No mesmo momento, uma senhora passava chorando e pedindo respeito aos familiares de Dutra.

Questionado sobre o fato de protestar em frente a um vel�rio, o aposentado Cipriano de Oliveira, de 60 anos, respondeu: “Impr�prio � o presidente corrupto estar aqui. N�o aprovo a presen�a dele em Minas. Uma pessoa corrupta que implantou o mensal�o e o petrol�o”.

O l�der de governo do PT na Assembleia Legislativa, deputado estadual Durval �ngelo, comparou o protesto a atos de natureza fascista e nazista, que culminaram na Segunda Guerra Mundial. “� o Brasil da intoler�ncia, do �dio, que n�o respeita a dor da fam�lia”, disse.  “Fazer isso perante a morte demonstra (falta) de car�ter dessas pessoas”, refor�ou o secret�rio de Estado de Direitos Humanos, Nilm�rio Miranda. O bloco do PT no Legislativo denunciou os atos ao  Minist�rio P�blico, que acatou a representa��o Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, essas  manifesta��es que atentam contra a democracia, perturbam cerim�nias funer�rias, ofendem e amea�am pessoas s�o pass�veis de serem enquadradas como crime.


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