
O seu estado de �nimo, por�m, mudou na noite de ter�a-feira, quando soube que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia reaberto a a��o que pede a impugna��o dos mandatos de Dilma e do vice Michel Temer por suposto abuso de poder pol�tico e econ�mico na elei��o.
"O simples fato de o TSE ter aceito a den�ncia - que n�o � prova de que algo aconteceu - me induz � conclus�o de que eles t�m indica��o de que houve realmente alguma viola��o no processo eleitoral", diz Delfim.
Numa compara��o, ele considera a discuss�o no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) um "truque". "N�o adianta querer discutir se houve ou n�o pedalada. Claro que houve. E o mais importante: o governo reconheceu que houve. Na minha opini�o, isto n�o � uma causa suficiente para produzir um impeachment", diz.
Delfim defende que seria necess�rio algo mais concreto para invalidar uma elei��o presidencial: "Isto aqui n�o � uma pastelaria. Voc� precisa de uma prova material, robusta, de que houve um desvio de fun��o."
O processo no TSE "cria um fato novo" nesta dire��o, na avalia��o dele, porque o crivo de an�lise, at� pela natureza da institui��o, ser� mais severo. "No TSE, o processo s� terminar� se houver uma prova evidente, uma prova material, de que houve abuso de poder econ�mico."
'Inteireza institucional'
Na avalia��o dele, se ficar comprovada alguma irregularidade, o Brasil sair� mais fortalecido do processo, ainda que seja desgastante. "Se houver abuso de poder econ�mico, revogar uma elei��o � uma demonstra��o de inteireza institucional inacredit�vel. Ningu�m far� nenhuma obje��o, de nenhum natureza", avalia.
Tamb�m pesa na avalia��o de Delfim o fato de o arranjo pol�tico com o PMDB n�o ter surtido o efeito esperado: "Quando voc� olha tem a impress�o de que aplicaram 171 no governo. Um grupo do Congresso vendeu para Dilma o que n�o tinha. Isso n�o � nem um passo adiante. � uma grande confus�o", diz.