
Bras�lia – O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que, depois da rejei��o das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), a batalha do governo agora � no Congresso Nacional. "Evidentemente que � ruim para o governo federal ter contas rejeitadas. A batalha agora � no Congresso Nacional, n�o � no Judici�rio", afirmou.
De acordo com o ministro, a presidente Dilma Rousseff n�o se surpreendeu com a unanimidade na decis�o do TCU, j� que 98% das decis�es da corte s�o por unanimidade. "Evidentemente que o governo esperava que nossas raz�es fossem acolhidas pelo TCU", admitiu.
Para Wagner, a discuss�o do tribunal acabou virando um debate pol�tico, que "n�o deveria ser pr�prio do TCU". "Precisamos voltar � discri��o que � pr�pria dos tribunais", completou.
O ministro disse que a tentativa do governo de adiar o julgamento recorrendo ao Supremo Tribunal Federal (STF) n�o foi um "tiro no p�". "Fomos ao Supremo porque entendemos que o processo estava sendo atropelado". Ele disse n�o acreditar em retalia��o dos ministros � judicializa��o do processo.
Para o ministro, o julgamento no Congresso Nacional ser� "totalmente diferente" e caber� analisar as raz�es pol�ticas das pedaladas. "O parecer do TCU � uma interpreta��o. O julgamento pol�tico que ser� feito no Congresso � outra coisa", acrescentou.
Wagner defendeu os atrasos do governo federal para os bancos p�blicos e disse que isso foi feito em um esfor�o para manter programas sociais. Ele ressaltou que os repasses relativos a programas sociais foram colocados em dia ainda em 2014. "N�o fechamos o ano com d�ficit".
Reforma administrativa O ministro da Casa Civil disse que ainda � muito cedo para afirmar que a reforma administrativa feita pela presidente da Rep�blica n�o deu certo. Mesmo depois de mudar a estrutura do governo e distribuir cargos entre aliados, Dilma Rousseff n�o conseguiu que o Congresso Nacional votasse vetos a projetos que aumentam as despesas do governo. "Estamos em um processo de acomoda��o", afirmou.
O ministro defendeu que tudo o que foi acordado na reforma seja cumprido e disse que � preciso dar mais agilidade ao cumprimento desses acordos. "� a �nica forma de dar estabilidade na rela��o do governo com o Congresso Nacional, particularmente � base aliada", declarou.
Wagner disse ainda que o governo tem expectativa de ter qu�rum para votar os vetos na sess�o do Congresso de ter�a-feira.
