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Estado de Minas

Em conversa grampeada, almirante da Eletronuclear xinga delator

Conversa de Othon Luiz Pinheiro da Silva com "Sans�o" foi monitorada pela Pol�cia Federal


postado em 09/10/2015 13:19 / atualizado em 09/10/2015 15:29

Othon Luiz Pinheiro da Silva e o executivo da Andrade Gutierrez Flávio David Barra, presos durante a Operação Radioatividade, ao embarcarem para Curitiba(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Othon Luiz Pinheiro da Silva e o executivo da Andrade Gutierrez Fl�vio David Barra, presos durante a Opera��o Radioatividade, ao embarcarem para Curitiba (foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)


Grampo da Pol�cia Federal pegou um telefonema entre o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, e um interlocutor identificado como "Sans�o", em que ambos falam sobre a dela��o do ex-presidente da Camargo Corr�a Dalton Avancini, que citou seu nome em depoimento � Pol�cia Federal.

Preso desde 28 de julho, na deflagra��o da Opera��o Radioatividade, desdobramento da Lava-Jato, Othon Luiz foi monitorado pela PF. Seis dias antes de ser preso por suspeita de corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa, ele caiu no grampo em conversa com "Sans�o" e se referiu ao executivo da empreiteira como "esse f.d.p.".

Em depoimento � for�a-tarefa da Lava-Jato, Avancini declarou que em agosto de 2014 houve "uma reuni�o na empresa UTC", em S�o Paulo, em que "foi comentado que havia certos compromissos do pagamento de propinas ao PMDB no montante de 1% e a dirigentes da Eletronuclear". Os repasses teriam sido acertados no �mbito das obras de Angra 3.

Avancini disse que um outro executivo ligado � Camargo Corr�a, que identificou como Luis Carlos Martins, lhe havia dito sobre "um acerto futuro do pagamento de propina a funcion�rios da Eletronuclear, sendo citada nominalmente a pessoa de Othon Luiz Pinheiro da Silva".

Den�ncia da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal aponta que o almirante recebeu ao menos R$ 4,5 milh�es em propina de grandes empreiteiras do Pa�s. Os repasses teriam sido feitos por meio de empresas intermedi�rias para a Aratec Engenharia, controlada pelo almirante.

A pris�o de Othon Luiz deixou a comunidade nuclear em choque. Nome de grande prest�gio na �rea, o almirante, participou no fim dos anos 1970 (durante o governo do general Ernesto Geisel) do projeto do submarino nuclear brasileiro.

STF

Na sexta-feira passada, o ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ao juiz federal S�rgio Moro que enviasse � Corte m�xima os autos da Radioatividade. A medida foi tomada sob alega��o de que pol�tico com foro privilegiado foi mencionado na investiga��o.

O executivo Fl�vio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, citou Edison Lob�o (PMDB/MA), ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma, como suposto benefici�rio do esquema. A pr�pria defesa de Barra, depois de seu depoimento � Pol�cia Federal em que citava Lob�o, entrou com um recurso no Supremo, alegando a men��o a pol�tico com foro privilegiado.

Ap�s a decis�o do STF, audi�ncias das testemunhas de acusa��o do Caso Eletronuclear foram suspensas pelo juiz Moro, que conduz as a��es da Lava-Jato. No pr�ximo 14 de outubro, seriam ouvidos dois empreiteiros-delatores da Lava-Jato, Ricardo Pessoa, dono da UTC, e Dalton Avancini, pe�as emblem�ticas da investiga��o.

S�o r�us, por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa, no Caso Eletronuclear, 14 investigados, entre eles o ex-presidente da Eletronuclear, sua filha Ana Cristina Toniolo, e Fl�vio David Barra.

 


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