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Estado de Minas

Planalto v� cen�rio 'imprevis�vel' e tenta refazer base


postado em 11/10/2015 11:58 / atualizado em 11/10/2015 12:07

Dilma pediu a auxiliares para reaglutinar a base aliada no Congresso(foto: Lula Marques/Agencia PT)
Dilma pediu a auxiliares para reaglutinar a base aliada no Congresso (foto: Lula Marques/Agencia PT)
A presidente Dilma Rousseff avalia que o movimento pelo impeachment, definido por ela como um "golpe", pode ganhar f�lego a partir desta semana e pediu a auxiliares que redobrem as for�as para reaglutinar a base aliada no Congresso. Em reuni�o realizada ontem com ministros, no Pal�cio da Alvorada, Dilma disse temer um "comportamento desesperado" do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acuado pela suspeita de manter contas secretas na Su��a com dinheiro desviado da Petrobras.

"N�o h� uma acusa��o frontal contra a presidente, mas Cunha pode se tornar uma fera ferida e aceitar um pedido de impeachment. O quadro � imprevis�vel", afirmou um ministro que participou da reuni�o.

Antes das novas den�ncias contra Cunha, o governo argumentava que, sem conseguir recompor o bloco aliado no Congresso mesmo ap�s a reforma ministerial, teria no m�ximo 70 dias para estancar a crise pol�tica. Embora a vota��o do parecer do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), que reprovou o balan�o do governo de 2014, esteja prevista somente para o ano que vem, Dilma corre contra o tempo para soldar sua base de apoio, desarmar a oposi��o e barrar a abertura de um processo de impeachment.

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a) participaram da reuni�o de ontem com Dilma. Na avalia��o dos ministros, Cunha est� fragilizado, mas, se n�o houver um freio de arruma��o nesse per�odo e um sinal de que a governabilidade foi retomada, 2015 estar� perdido.

Al�m disso, no ano eleitoral que se avizinha, a press�o popular pode ser decisiva para mobilizar o Congresso contra Dilma. O diagn�stico � o de que, diante da gravidade do quadro, novas derrotas podem ser fatais para a presidente.

O prazo de 70 dias � o calend�rio com o qual o governo sempre trabalhou para pacificar a C�mara e o Senado, com o objetivo de aprovar, at� o fim de dezembro, o projeto de Or�amento de 2016, necess�rio para o ajuste fiscal, e a Desvincula��o das Receitas da Uni�o (DRU).

Sem o corte de gastos de R$ 26 bilh�es e sem a Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), um tributo muito dif�cil de passar com o clima de conflagra��o pol�tica, a presidente ter� uma vida ainda mais dura pela frente.

Um dos ministros presentes ao encontro disse que o fato de o presidente da C�mara estar sob fogo cruzado, vendo at� mesmo o PSDB e demais partidos da oposi��o pedirem sua ren�ncia, pode favorecer Dilma, mas o Pal�cio do Planalto n�o aposta todas as fichas nesse cen�rio.

Embora Cunha tenha indicado que rejeitar�, na ter�a-feira, o pedido de impeachment apresentado pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reale Jr, o governo sabe que precisa ter muita cautela. A ordem � fazer acenos a ele, refor�ar la�os com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e investir na Comiss�o Mista de Or�amento, para onde seguir� o relat�rio do TCU.

Cunha j� recebeu a visita de Jaques Wagner e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Os dois pediram a ele que n�o estique a corda com Dilma e juraram que o Planalto n�o est� por tr�s de seu calv�rio.

Diante da previs�o de uma semana tensa, h� quem defenda at� um acordo para salvar o mandato dele, que perde o foro privilegiado se for cassado, e pode ser preso. "N�o d� para fazer nenhuma opera��o pol�tica na C�mara sem botar Cunha no jogo", disse o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS).

Em outra frente de batalha, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jos� Antonio Dias Toffoli, tamb�m ser� procurado por emiss�rios do Planalto. No dia 6, o TSE reabriu a��o movida pelo PSDB, que pede a cassa��o dos mandatos de Dilma e do vice, Michel Temer, sob o argumento de que recursos da Petrobras irrigaram a campanha da reelei��o. Cabe a Toffoli, que foi advogado do PT, mas tem sido ignorado por Dilma, indicar o relator do caso.

A 15 dias de completar um ano de sua reelei��o, Dilma avisou que vai "enfrentar publicamente o debate" sobre a reprova��o das contas de 2014 pelo TCU. A estrat�gia prev� a distribui��o de uma cartilha aos parlamentares, com perguntas e respostas, alegando que as manobras cont�beis foram feitas para manter programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Fam�lia, e n�o causaram preju�zos aos bancos p�blicos.


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