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Estado de Minas

Oposi��o amplia press�o sobre Dilma, que cobra ministros contra impeachment


postado em 09/10/2015 07:37 / atualizado em 09/10/2015 08:18

Na primeira reuni�o com sua nova equipe ministerial, a presidente Dilma Rousseff cobrou a a��o de ministros para barrar pedidos de impeachment no Congresso. Um dia ap�s a rejei��o do balan�o de 2014 do governo pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), e depois de sofrer derrotas seguidas no Congresso, a presidente disse na quinta-feira, 8, aos ministros que � preciso unidade para virar o jogo.

"Querem p�r em andamento o chamado 'golpe democr�tico' no Pa�s. N�o podemos ignorar isso", afirmou Dilma aos ministros, no Pal�cio do Planalto. "Precisamos trabalhar e mobilizar nossas bases para dar respostas e mostrar que temos apoio". Para a presidente, o julgamento no TCU � "p�gina virada". "Vamos fazer a batalha no Congresso", disse ela, ao lembrar que o parecer do tribunal seguir� agora para a Comiss�o Mista de Or�amento.

A cobran�a por fidelidade foi feita por Dilma no mesmo dia em que a oposi��o intensificou o movimento pelo afastamento da presidente, aproveitando a fragilidade do governo. "Se o pedido for colocado em vota��o, o PSDB se colocar� favoravelmente �quilo que pensam seus eleitores", afirmou o senador A�cio Neves (MG), presidente do PSDB. "Temos uma situa��o in�dita e vamos analis�-la", comentou a ex-senadora Marina Silva, hoje � frente da Rede Sustentabilidade.

O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi pressionado ontem no plen�rio para acatar logo o requerimento apresentado pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reale J�nior, pedindo o impeachment de Dilma. "A base aliada tem de ficar atenta � movimenta��o da oposi��o", disse o novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, ap�s a reuni�o. "N�o vamos ficar brincando de esconde-esconde. Todo mundo sabe o cronograma que est� sendo montado."

Na ter�a-feira � noite, Wagner tamb�m procurou Cunha na resid�ncia oficial do peemedebista. Na conversa reservada, pediu a ele que n�o aceitasse os pedidos de impeachment. Wagner tamb�m afirmou que o governo queria dialogar com todas as alas do PMDB e que n�o tinha a inten��o de privilegiar apenas o l�der da bancada na C�mara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ). "N�o temos a ilus�o de trabalhar 100% com o PMDB e o di�logo com Cunha tem de continuar sempre", disse.

Desafeto do governo, Cunha enfrenta situa��o dif�cil depois que foram reveladas suas contas na Su��a e, irritado com a "ascens�o" de Picciani, tem ajudado a derrotar o Pal�cio do Planalto.

Mesmo depois de entregar sete minist�rios ao PMDB, o governo n�o conseguiu reunir n�mero de deputados suficientes para manter os vetos presidenciais � chamada pauta-bomba, projetos que elevam os gastos p�blicos e p�em em risco o ajuste fiscal. Tudo se somou � rejei��o das contas no TCU e � abertura de uma a��o para impugnar a chapa Dilma-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder nas elei��es de 2014.

No encontro com os ministros, Dilma afirmou esperar reciprocidade dos partidos contemplados na reforma, pois todos devem dar votos ao governo no Congresso. Disse entender que os nomeados troquem a equipe, mas pediu que n�o interrompam programas caros ao governo. Apesar da cobran�a, ela prometeu resolver "pend�ncias" por cargos e emendas. Um bloco formado por PR, PRB, PTB e PP est� exigindo a ocupa��o de espa�os para apoiar Dilma no Congresso.

Articulador do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que o governo tem pouco mais de 70 dias para aprovar dois projetos fundamentais para o ajuste fiscal: a Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��es Financeiras (CPMF) e a Desvincula��o das Receitas da Uni�o (DRU). Berzoini argumentou que � preciso destravar as nomea��es porque elas influenciam nas vota��es. Ficou acertado no encontro que Michel Temer, Berzoini e ministros do PMDB far�o reuni�es semanais com a bancada do partido na C�mara, hoje dividida.


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