
Segundo Barros, no entanto, a decis�o de incluir ou n�o a previs�o de receitas da CPMF ainda n�o est� tomada. Uma defini��o sobre o assunto s� deve ocorrer ap�s novas reuni�es da Comiss�o Mista de Or�amento (CMO). A previs�o � que ele entregue seu relat�rio at� 4 de novembro e a CMO o vote at� o dia 10.
O senador Acir Gurgacz (PDT/RO), que tamb�m participou do encontro e cuida da parte de receitas do Or�amento na CMO, comentou que � contra a CPMF ou qualquer outro tipo de aumento de imposto. J� Barros afirma que o governo deveria elevar a Cide, at� mesmo para dar um sinal para os mercados financeiros. "O governo precisa dizer ao mercado, com clareza, que quer o ajuste. A Cide n�o depende do Congresso e, se o governo n�o toma essa atitude, o mercado fica desconfiado que o ajuste n�o � pra valer. O governo precisa ser firme, corajoso e tomar as medidas que precisam ser tomadas", afirmou.
Barros disse que o �nico instrumento que tem � a tesoura e que vai cortar onde for preciso para entregar um or�amento superavit�rio. Mesmo assim, ele n�o quis adiantar nenhuma medida, explicando que antes precisa da anu�ncia dos l�deres partid�rios. "Se precisar cortar, eu cortarei, mesmo que os programas sejam merit�rios. Eles precisam caber dentro do tamanho da capacidade de pagamento do Tesouro", afirmou. Segundo ele, no Bolsa Fam�lia � poss�vel economizar porque h� muita fraude.
Para o deputado, � preciso atacar imediatamente a situa��o da Previd�ncia, que consome quase R$ 480 bilh�es dos R$ 1,2 trilh�o que o governo arrecada. "� onde podemos conseguir resultados significativos de economias". J� Gurgacz apontou que algumas medidas apresentadas pelo governo, como o projeto de repatria��o de recursos no exterior, t�m chance de ser aprovadas. "H� consenso no Congresso para que haja essa aprova��o, mas na pr�tica a efetiva��o dos recursos n�o se d� do dia pra noite. Leva tempo para aprovar, implementar, fazer as coisas acontecerem", alertou.
O senador disse que o Congresso tem consci�ncia dos poss�veis impactos de apresentar um or�amento deficit�rio, inclusive de um novo rebaixamento no rating do Brasil. Ele afirmou que a ideia � apresentar um projeto de or�amento equilibrado, mas que se isso n�o for poss�vel ser� preciso "enfrentar a realidade". "Nossa preocupa��o (com um poss�vel rebaixamento) � grande. Ningu�m vai apresentar um or�amento negativo se ele n�o for verdadeiro, mas n�o podemos inventar n�meros que n�o existem."
Para ele, o Banco Central deveria reduzir os juros, j� que os gastos provocados pelo aumento na Selic - que eleva as despesas com o servi�o da d�vida p�blica - superam em muito o que seria arrecadado com a CPMF. Gurcaz disse que os membros da CMO t�m se encontrado quase diariamente com representantes dos minist�rios do Planejamento e da Fazenda para discutir o or�amento de 2016. "N�s vamos alinhando, ajustando, dando nossas sugest�es e colhendo informa��es sobre o que o governo est� fazendo para diminuir essa diferen�a (d�ficit no or�amento)."