S�o Paulo, 15 - Movimentos que pressionam pela abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff prometem fazer novas manifesta��es de rua a partir deste domingo, 18. Segundo Carla Zambelli, l�der do movimento nas Ruas e porta-voz de 43 movimentos, manifestantes pretendem se reunir todos os dias, a partir do domingo, �s 19h, em frente ao Masp, na Avenida Paulista. "A gente tem expectativa que o movimento n�o v� ser grande no come�o, mas a ideia � que ele v� crescendo", disse.
Segundo Carla, a ideia � usar faixas, megafones e fazer panfletagem nos sem�foros. "Pressionar pelo impeachment vai ser nossa pauta principal, n�o devemos nesse momento focar em um discurso de 'Fora Cunha'", explicou. "As pessoas deveriam se perguntar por que se fala tanto em Eduardo Cunha, se a lista do (procurador-geral, Rodrigo) Janot tinha outros 46 nomes", afirmou em refer�ncia a outros pol�ticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras.
Apesar de sua fala, Carla destacou que n�o est� defendendo Cunha, apenas fazendo uma constata��o. "Seria bom que tiv�ssemos um presidente da C�mara que tivesse colh�o para colocar em vota��o o impeachment. Se Cunha n�o tiver a disposi��o pol�tica, n�s vamos atacar", prometeu.
Carla acompanhou a ida dos juristas H�lio Bicudo, Miguel Reale Jr e Jana�na Paschoal para protocolar um novo pedido de impeachment em um cart�rio na capital paulista. Assim como ela, outros manifestantes acompanharam o procedimento, entre eles Rog�rio Chequer, do Vem Pra Rua, Marcello Reis, do Revoltados Online, e Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre.
Reis disse aos jornalistas que os movimentos - � exce��o do Vem Pra Rua - tamb�m planejam acampar no Congresso Nacional a partir da semana que vem, para pressionar pela aceita��o do pedido dos juristas - que agora inclui a den�ncia de que as pedaladas fiscais continuaram em 2015.
Reis e Kataguiri evitaram um discurso de defesa de Cunha, o segundo disse inclusive que seu movimento adotou a bandeira do "Fora Cunha", mas alegam que querem manter o foco no impeachment de Dilma. "Acho pouco prov�vel qualquer acordo que consiga salvar o Cunha a essa altura. Seria suic�dio pol�tico para os parlamentares do PT defender o mandato dele", disse Kataguiri, que tamb�m prometeu press�o pelo novo pedido feito pelos juristas. "O importante � que todo pol�tico � suscet�vel a press�o", afirmou.
"Ele (Eduardo Cunha) n�o vai negociar, n�s vamos pression�-lo. � melhor que ele d� entrada no impeachment", disse Reis.