O governo criou um gabinete de crise na Casa Civil para acompanhar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e, apesar da preocupa��o com os "panela�os", o monitoramento do Pal�cio do Planalto indica que as manifesta��es de rua previstas para hoje, em todo o pa�s, ser�o mais fracas do que os protestos de agosto.
Levantamento feito pelo governo nas redes sociais mostra que o n�mero de pessoas com presen�a confirmada nos atos � quatro vezes menor ao registrado �s v�speras do “Fora Dilma” de 16 de agosto.
� nesse cen�rio de turbul�ncia pol�tica e menos dinheiro no bolso das pessoas que a oposi��o aposta para aumentar a press�o das ruas pela sa�da de Dilma. "O governo sempre ouve o que as ruas dizem, n�o importa o tamanho da manifesta��o", afirmou o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. "Todos n�s ouvimos os recados, mesmo quando se referem a causas n�o democr�ticas."
At� agora, tr�s manifesta��es de porte nacional pediram a deposi��o da presidente da Rep�blica: em 15 de mar�o, 12 de abril e 16 de agosto. Os atos tamb�m demonstraram a revolta com a corrup��o no Pa�s, exibindo o boneco infl�vel "Pixuleco" - termo que teria sido usado pelo ent�o tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, hoje preso, e virou sin�nimo de "propina" -, caracterizado como o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva vestido como presidi�rio.
Ministros acreditam que os protestos deste domingo ser�o menores porque, segundo o levantamento em poder do Planalto, muitos est�o "saturados" de tanta crise ao fim de um ano marcado por problemas de toda ordem. A proximidade das festas � outro fator que contribui para a desmobiliza��o.
“H� quem queira sair �s ruas a favor do impeachment e h� quem queira sair contra. Democracia tem que comportar isso. O posicionamento do Supremo Tribunal Federal ser� muito bem vindo justamente para que um processo de impeachment n�o seja usado como forma de vingan�a e retalia��o”, disse o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, numa refer�ncia ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que aceitou o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff depois de o PT anunciar a inten��o de votar contra ele no Conselho de �tica.