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Estado de Minas

Nelson Jobim diz que crise n�o � institucional, � pol�tica e econ�mica

Segundo o ex-presidente do Supremo, o que existe � uma "disfuncionalidade" do Poder Executivo que leva � paralisia do Congresso


postado em 19/10/2015 17:07 / atualizado em 19/10/2015 17:41

Nelson Jobim falou da falta de eficiência da política brasileira e da discussão sobre financiamento de campanhas(foto: José Cruz)
Nelson Jobim falou da falta de efici�ncia da pol�tica brasileira e da discuss�o sobre financiamento de campanhas (foto: Jos� Cruz)

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim afirmou nesta segunda-feira que a crise brasileira n�o � institucional, mas sim pol�tica e econ�mica. "E n�o � uma crise insol�vel. Estamos vivendo uma disfuncionalidade do Poder Executivo, que leva a uma ina��o, uma paralisia do Congresso, decorrente de situa��es criminalizadas e do desaparecimento de lideran�as, e tamb�m uma disfuncionalidade do Poder Judici�rio", disse, em evento na Associa��o dos Advogados de S�o Paulo (AASP), no centro da capital paulista.

Para citar como exemplo da falta de efici�ncia da pol�tica brasileira, Jobim recorreu � discuss�o sobre o financiamento privado de campanha, que, segundo ele, s� aborda o lado da receita, ignorando as despesas dos candidatos. "Imagine um candidato a deputado federal que, a 15 dias do dia da elei��o, fica sem dinheiro. Ele tem duas op��es: ou ele para a campanha ou ele d� um jeito. Parar a campanha? Esque�a!", disse.

Na avalia��o do ex-ministro, os legisladores precisam estar atentos tamb�m �s necessidades de custos das campanhas. "Se as proibi��es das leis se chocam com as necessidades dos candidatos, estaremos empurrando os candidatos para a ilegalidade", declarou, em uma cr�tica ao fim do financiamento privado de campanhas.

Apesar da cr�tica aos parlamentares, Jobim declarou que o Congresso de hoje � mais representativo do que em 1986 ou em 1987, quando ele era deputado federal. "O Congresso de 1986 era mais elitista. A mudan�a decorre de uma universaliza��o do voto, que hoje � obrigat�rio para quem tem mais de 18 anos e facultativo para aqueles com mais de 16", disse.

"Essa maior representatividade, no entanto, contribui para a disfuncionalidade do Congresso, que tem mais dificuldade de achar um consenso", acrescentou Jobim, deixando claro em seguida que isso n�o � necessariamente algo negativo, mas reflexo de uma sociedade plural.


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