Pelo menos 29% dos deputados que integram o �rg�o que julgar� se o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser cassado por mentir ao esconder contas no exterior respondem a processos na Justi�a. S�o pelo menos seis entre os 21 parlamentares do Conselho de �tica alvo de 14 procedimentos judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Justi�a do Rio. S�o tr�s a��es penais, uma de improbidade e 10 inqu�ritos por crimes diversos. O campe�o de processos � Washigton Reis (PMDB-RJ), ex-prefeito de Duque de Caxias — com seis processos e uma batida da Pol�cia Federal no “curr�culo”. Segundo depoimento do lobista Fernando Baiano, foi o pr�prio Cunha quem o apresentou ao operador que fechou dela��o premiada na Opera��o Lava-Jato. No entanto, Baiano disse que n�o fez neg�cios com Reis. No STF, o deputado responde a uma a��o penal por forma��o de quadrilha e crimes contra o meio ambiente. Reis tamb�m � acusado de improbidade administrativa na 2ª Vara C�vel do Rio por supostas irregularidades em obras p�blicas quando era prefeito.
Em segundo lugar est� Vin�cius Gurgel (PR-AP), alvo de tr�s investiga��es por problemas eleitorais. No inqu�rito 4038, originado no Tribunal Regional Eleitoral do Amap�, houve um pedido de busca e apreens�o. No 3944, apura-se se ele comprou votos nas elei��es. No 3940, a acusa��o � de que tirou uma fotografia quando estava em frente da urna eletr�nica. Mas o Minist�rio P�blico prop�s fazer um acordo, chamado de “transa��o penal”, pelo qual o processo � extinto se houver presta��o de servi�os comunit�rios e pagamento de cestas b�sicas. Gurgel n�o esclareceu � reportagem se aceitar� o acordo.
O deputado Wladimir Costa (SD-PA) e seu irm�o Wlaudecir Costa respondem a a��o penal por peculato ou desvio de dinheiro. Segundo o MP, eles montaram um esquema entre 2003 e 2005, pela contrata��o de tr�s assessores parlamentares fantasmas em Bel�m.
J�lio Delgado (PSB-MG) responde a inqu�rito da Lava-Jato no STF. O dono da UCT Engenharia, Ricardo Pessoa, disse que se reuniu com ele e acertou doa��o de campanha ao PSB em 2014, o que o parlamentar confirma. Mas nega ter prometido, como disse o empreiteiro, proteger o executivo na CPI mista da Petrobras realizada. (Colaboraram Nat�lia Lambert)