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Estado de Minas

Wagner pede a Dilma para encerrar discuss�o p�blica com Cunha


postado em 21/10/2015 11:01 / atualizado em 21/10/2015 11:50

Ministro Jaques Wagner alertou a presidente para ter cuidado para não cair em
Ministro Jaques Wagner alertou a presidente para ter cuidado para n�o cair em "cascas de banana" (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)
Bras�lia - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, telefonou nessa ter�a-feira, 20, bem cedo para a presidente Dilma Rousseff, na Finl�ndia, e pediu a ela que n�o provocasse mais o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao responder a perguntas dos jornalistas que acompanham sua viagem internacional.

Na conversa, Wagner alegou que o ambiente pol�tico em Bras�lia estava muito tenso e disse que qualquer declara��o poderia ser mal interpretada, aumentando ainda mais a temperatura da crise pol�tica.

Dilma avisou, por�m, que n�o poderia deixar sem resposta a �ltima declara��o de Cunha, rotulando o governo de corrupto. Wagner assentiu, mas pediu cuidado para que ela n�o ca�sse em "cascas de banana".

Na segunda-feira, o vice Michel Temer jantou com Cunha, no Pal�cio do Jaburu, e perguntou sobre a disposi��o dele em aceitar o pedido de impeachment apresentado pelos juristas H�lio Bicudo e Miguel Reale J�nior. O presidente da C�mara repetiu que n�o via fundamentos jur�dicos para o afastamento de Dilma.

No Pal�cio do Planalto, por�m, Cunha � chamado de "fera ferida" e ministros avaliam o seu comportamento como "imprevis�vel". Acusado pelo lobista Fernando Baiano de desviar recursos da Petrobras, o deputado n�o gostou de ver Dilma lamentar, no domingo, que "um brasileiro" tivesse o nome envolvido no esc�ndalo das contas secretas na Su��a.

Cunha reclamou com Temer e at� com Wagner do tom adotado por Dilma e, como resposta, acusou o governo de protagonizar "o maior esc�ndalo de corrup��o do mundo".

A partir da�, seguiu-se um pingue-pongue de estocadas p�blicas. Mesmo dizendo nessa ter�a-feira (20)que n�o comentaria "as palavras" do presidente da C�mara, Dilma fez quest�o de afirmar que seu governo n�o est� envolvido em corrup��o. "N�o � o meu governo que est� sendo acusado", reagiu ela. "As pessoas envolvidas est�o presas, e n�o � a empresa Petrobras que est� envolvida no esc�ndalo. S�o pessoas que praticaram corrup��o." Ir�nico, Cunha rebateu: "U�, eu n�o sabia que a Petrobras n�o era do governo."

A assessoria da Casa Civil negou o teor da conversa de Wagner com Dilma, confirmada por outros dois interlocutores do ministro. Al�m disso, Wagner tinha outro encontro marcado com o presidente da C�mara, na tentativa de jogar �gua na fervura da crise.

Na pr�tica, o Planalto n�o sabe mais como agir com Cunha, que mant�m pairando sobre a cabe�a de Dilma a espada do impeachment. A avalia��o interna � que, se ele aceitar nesta ter�a-feira o requerimento dos juristas, com o pedido de afastamento, a Advocacia Geral da Uni�o (AGU) recorrer�, mais uma vez, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O governo tamb�m est� preocupado porque, enquanto durar a crise, n�o consegue votar as medidas necess�rias para o ajuste fiscal no Congresso. O cen�rio ideal para o Planalto seria a ren�ncia de Cunha - mas ele repete como mantra que n�o tomar� essa atitude.

Um aliado sugeriu a Cunha que adotasse a sa�da "a la Renan" para se defender. Ele recusou. Em 2007, acusado de usar recursos de uma empreiteira para pagar despesas pessoais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tirou uma licen�a de 45 dias. Mesmo assim, a crise n�o arrefeceu e ele foi obrigado a renunciar ao comando do Senado, para n�o perder o mandato. "Renan era senador; eu sou deputado. E meu nome � Eduardo", disse Cunha ao jornal O Estado de S. Paulo.

Nos bastidores, o coment�rio � que a estrat�gia de Cunha � ganhar tempo porque, entre outras coisas, ele espera que Renan, outro alvo da Opera��o Lava Jato, tamb�m seja denunciado pela Procuradoria Geral da Rep�blica ao Supremo.

Resta saber qual ser� a posi��o do PT nessa confus�o, uma vez que Renan � aliado do Planalto e Dilma pode ficar nas m�os dele para barrar o impeachment no Senado, caso o processo comece a tramitar na C�mara.

Impeachment


Cunha chegou por volta das 10h desta quarta-feira � C�mara e disse que deve receber mais tarde o grupo de parlamentares da oposi��o que apresenta, nesta manh�, um novo pedido de impeachment da presidente Dilma.

O novo pedido � assinado pelos juristas H�lio Bicudo, Jana�na Paschoal e Miguel Reale Jr. O documento usa como justificativa a pr�tica de pedaladas fiscais no ano passado e tamb�m neste ano - al�m de anexar decretos presidenciais que aumentam gastos sem anu�ncia do Legislativo.


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