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Estado de Minas

Contrato da Petrobras quitou d�vida da campanha de Lula em 2006, diz delator


postado em 22/10/2015 17:07 / atualizado em 22/10/2015 17:26

S�o Paulo, 22 - Um contrato de US$ 1,6 bilh�o assinado pelo Grupo Schahin com a Petrobras, entre 2006 e 2007, para opera��o do navio-sonda Vitoria 10000 fez parte da quita��o de uma d�vida de campanha do PT com a empresa referente � campanha eleitoral de reelei��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. � o que afirmou Eduardo Musa, ex-gerente-geral da Diretoria Internacional, em dela��o premiada � for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato.

"Foi explicado que havia uma d�vida de campanha presidencial do PT de R$ 60 milh�es junto ao Banco Schahin e que para quit�-la o governo utilizaria do contato de operacionaliza��o da sonda Vitoria 10.000", contou Musa, em depoimento prestado no dia 21 de agosto.

Musa, que n�o chegou a ser preso pela Lava-Jato, atuou na Diretoria Internacional da Petrobras de 2006 a 2009, sob o comando de dois ex-diretores que est�o detidos em Curitiba - sede das investiga��es de corrup��o na estatal -, Nestor Cerver� e Jorge Zelada. De acordo com as investiga��es, a �rea era uma cota do PMDB no esquema de fatiamento pol�tico das diretorias da estatal para arrecada��o de propina sistematizado a partir de 2004.



"Foi explicado por Cerver� e Moreira para o declarante que esta nova sonda (Vitoria 10000) deveria ser operada pela Schahin Engenharia", explicou o delator. "Em rela��o ao motivo de contrata��o da Schahin, foi explicado por Cerver� e Moreira que havia sido recebida uma ordem 'de cima' para que se procedesse desta forma", registrou a for�a-tarefa da Lava-Jato.

"(Musa) n�o perguntou quem era a pessoa de cima mas, do contexto, imaginou que esta pessoa seria Sergio Gabrielli, ent�o presidente da Petrobras." Gabrielli foi citado na Lava-Jato.

Foi na gest�o de Gabrielli como presidente que sa�ram os dois projetos dos navios-sonda Petrobras 10000 e Vitoria 10000, feitos pela Diretoria de Internacional, que teriam envolvido propina de US$ 35 milh�es pagos pelo estaleiro Samsung Heavy Industries, em sua fase de constru��o. Foi desse montante que sa�ram os US$ 5 milh�es dirigidos ao presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Bumlai

Musa relata que em janeiro de 2007, Cerver� assinou uma carta de inten��o com o estaleiro Samsung Heavey Industries, da Coreia, que construiria o navio-sonda, no mesmo modelo usada para constru��o do navio-sonda Petrobras 10000. A diferen�a � que o projeto da segunda sonda foi feito para explora��o de po�os na �frica, onde j� se sabia que n�o havia petr�leo.

Foi a partir dessa carta, que deu-se inicio "a negocia��o com Schahin para opera��o" do equipamento Vitoria 10000, conta Musa. "Dede a primeira apresenta��o realizada em 18 de janeiro de 2007, j� foi apresentada � Diretoria Executiva a Schahin como operadora da sonda", revelou o ex-gerente. "O contrato (de constru��o da sonda) com a Samsung Heavy Industries foi assinado em mar�o de 2007, mesma �poca em que foi assinado o memorando de entendimento com a Schahin", explica. "O contrato com a Schahin (para opera��o do equipamento) foi assinado em dezembro de 2007."

Houve um acerto de pagamento de US$ 5 milh�es em propina pela Schahin para ex-executivos da Petrobras. Esse neg�cio, segundo delatores, envolveu o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e o operador de propinas ligado ao PMDB Fernando Antonio Falc�o Soares, o Fernando Baiano.

Os benefici�rios foram Cerver�, Musa e o ex-gerente executivo da �rea Internacional Luis Carlos Moreira. O acerto foi fechado no escrit�rio de Fernando Baiano, no Rio. De acordo com as investiga��es, o pagamento dos US$ 5 milh�es teria sido tratado diretamente por Fernando Schahin, filho de um dos fundadores do grupo, e dividido entre os ex-executivos da Petrobras. Cerver� e Moreira indicaram contas no Uruguai para receber suas partes e Musa, na Su��a.

Citado como "o pecuarista" em conversas de executivos investigados em Curitiba, Bumlai seria uma esp�cie de avalista dos neg�cios com a Schahin, suspeita a Pol�cia Federal. Seu nome, ainda n�o havia sido citado diretamente nos neg�cios de propina alvos da Lava-Jato.

Defesa

Rui Falc�o, presidente nacional do PT: "Esta � uma hist�ria totalmente falsa, pois a suposta d�vida mencionada na dela��o nunca existiu. � mais uma mentira divulgada de maneira irrespons�vel, sem base em provas, na tentativa de comprometer o PT. Nas campanhas eleitorais, o PT jamais delegou a terceiros a responsabilidade de arrecadar fundos. A arrecada��o do partido sempre foi feita em obedi�ncia � lei, atrav�s de transa��es bancarias, todas elas declaradas � justi�a eleitoral."


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