O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliou em entrevista nesta quinta-feira, que a articula��o do Planalto com prefeitos para dobrar a CPMF de 0,20% para 0,38% n�o dever� ajudar a aprova��o da recria��o do tributo na Casa. Mesmo que o governo tenha a "base mais azeitada poss�vel", ele disse n�o acreditar na aprova��o da mat�ria por parte dos deputados.
"Se voc� aumentar a meta, aumenta o problema", afirmou. Isso porque, de acordo com o peemedebista, h� uma rejei��o da sociedade como um todo em rela��o aos efeitos que a recria��o na economia. "Sinceramente, n�o acredito na aprova��o da CPMF, mesmo que o governo tenha a base mais azeitada poss�vel", disse.
Como noticiou nesta quinta-feira o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini est� articulando o apoio de prefeitos para tentar aprovar a recria��o da CPMF no Congresso. Pela ideia estudada, a al�quota seria de 0,38%, compartilhada em 0,20% para a Uni�o, 0,09% para munic�pios e 0,09% para os Estados.
Rela��o
Cunha tamb�m comentou declara��o de Berzoini, que, em entrevista hoje, defendeu a necessidade de manuten��o do "di�logo institucional" com o presidente da C�mara. O peemedebista afirmou que, independente da sua posi��o pol�tica, sempre trabalhar� por uma rela��o institucional harmoniosa com o Executivo.
"Sempre costumo dizer, e sempre fez parte da minha campanha eleitoral aqui, os poderes s�o independentes e harm�nicos entre si. Ent�o, qualquer rela��o institucional com harmonia da minha parte sempre ter�", disse. "Isso � uma coisa complemente diferente da minha posi��o pol�tica pessoal, que eu n�o misturo com minha posi��o de presidente da C�mara", emendou.
Dela��es
O presidente da C�mara afirmou tamb�m que, assim como toda a lei, a de dela��es � pass�vel de revis�o. Ele afirmou que a ideia de criar uma comiss�o especial para discutir o assunto na Casa, defendida pelo relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz S�rgio (PT-RJ), em seu relat�rio, poder� avan�ar.
"Toda lei � pass�vel de revis�o, toda lei pode ser aperfei�oada", afirmou ao ser questionado sobre o que achava da defesa de revis�o da lei de dela��es defendida por S�rgio em seu relat�rio. Ele ponderou, contudo, que n�o conhece o debate e que estava falando apenas em tese.
Na entrevista, o peemedebista voltou a refor�ar que n�o tem prazo para anunciar se vai deferir ou n�o o novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado ontem pela oposi��o, mas sinalizou que "prefere tomar a decis�o o mais r�pido poss�vel".