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Estado de Minas

Pizzolato est� de volta e a corrup��o continua

Levantamento do Estado de Minas com base nas opera��es da PF mostra que dois anos ap�s a fuga do �ltimo mensaleiro os desvios dos recursos p�blicos ainda s�o pr�tica comum no Brasil


postado em 24/10/2015 06:00 / atualizado em 24/10/2015 07:49

A pris�o do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato encerra uma ca�a da Pol�cia Federal que come�ou h� quase dois anos, em novembro de 2013. De l� para c�, muita coisa mudou na pol�tica e na economia do pa�s – o governo Dilma Rousseff (PT) tinha 54% de aprova��o, hoje tem menos de 10%; a infla��o batia na casa dos 5,7%, hoje passa dos 9,5% –, mas a corrup��o e os desvios de recursos p�blicos, como aconteceu no esc�ndalo do mensal�o, continuam nos mesmos patamares de antes. Ou pior. Levantamento feito pelo Estado de Minas mostra que, de novembro de 2013 at� agora, a Pol�cia Federal descobriu que mais R$ 48,7 bilh�es – R$ 19 bilh�es somente da Opera��o Lava-Jato – deixaram os cofres p�blicos em raz�o das mais diferentes fraudes em todas as �reas da administra��o federal, estadual ou municipal.


No atual quadro, o esc�ndalo do mensal�o – revelado em 2006 e que teria desviado cerca de R$ 170 milh�es para pagamento de propinas a parlamentares em troca da aprova��o de projetos do governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT) – parece mais “um trocado”. E Pizzolato, que ao chegar ao Brasil ontem foi vaiado, pode ser considerado um coadjuvante, se comparado aos figur�es do esc�ndalo da Petrobras. Somente o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado criminalmente por ter engordado sua conta banc�ria com recursos da petrol�fera, teria se beneficiado com US$ 5 milh�es de propinas de contratos assinados com empreiteiras. Antes de ser condenado a mais de 12 anos de pris�o, a acusa��o que peca contra o ex-dirigente do BB � ter recebido R$ 336 mil de propina, depois de liberar R$ 73,8 milh�es da Visanet para refor�ar o caixa das propinas.

Exemplo Na verdade, a conclus�o do julgamento do esc�ndalo do mensal�o, que terminou com 21 condenados � pena de pris�o – entre eles figuras de destaques da pol�tica nacional, como o ex-ministro da Casa Civil, Jos� Dirceu, o ex-presidente do PT, Jos� Geno�no, o deputado federal e ent�o presidente do PTB, Roberto Jefferson –, n�o produziu o efeito esperado, de inibir novas bocadas sobre o j� combalido cofre p�blico. Basta analisar as milhares de opera��o que a PF produziu para tentar fechar a torneira dos desvios, mesmo depois das condena��es dos mensaleiros. Em uma �nica delas, um grupo de empres�rios de S�o Paulo conseguiu montar um esquema de evas�o de divisas e sonega��o de impostos que significou uma desfalque de R$ 1,6 bilh�o na arrecada��o federal.

A corrup��o end�mica no pa�s fica evidente tamb�m diante da an�lise de outros n�meros. Enquanto o mensal�o teve 25 r�us, at� agora, a Opera��o Lava-Jato – que devassa contratos e pagamento de propinas por contratos da Petrobras – j� tem 143 pessoas denunciadas criminalmente. A reincid�ncia na corrup��o tem rosto definido hoje, de acordo com a investiga��o da PF e Procuradoria da Rep�blica: o ex-todo-poderoso do governo Lula, Jos� Dirceu, voltou para a pris�o, mesmo antes de concluir o cumprimento de sua pena no mensal�o. Quando j� estava em regime aberto, com direito a trabalho, ele foi novamente acusado de ter se beneficiado do esquema de propina, desta vez, da Petrobras. Outros mensaleiros tamb�m seguiram o mesmo caminho, sem considerar parlamentares, prefeitos e pol�ticos, que acumulam processos, paralisados nas prateleiras do Supremo Tribunal Federal. (colaboraram Fl�via Ayer, Vera Schmitz e Marcelo Fonseca)

 


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