Governo fala em corte adicional de gasto 'extremamente dif�cil'

No cen�rio fiscal disponibilizado nesta ter�a-feira pelos minist�rios da Fazenda e do Planejamento, h� uma tentativa de se explicar a dificuldade para cortes adicionais nos gastos p�blicos. Desde o in�cio do ano, o governo tem sido criticado por economistas do setor privado por concentrar o ajuste fiscal em aumento de impostos e n�o na redu��o de despesas. No cen�rio fiscal, feito pela Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE) e distribu�do pela Fazenda e pelo Planejamento, a equipe econ�mica afirma que a "amplia��o do contingenciamento (de gastos) � extremamente dif�cil e, at� certo ponto, contraproducente".

O governo aponta a "rigidez" do gasto obrigat�rio como um fator de dificuldade para novos cortes de gastos. Descontados os limites constitucionais com Sa�de e Educa��o, a equipe econ�mica aponta que o valor pass�vel de contingenciamento em 2015 era de R$ 171,4 bilh�es. "Ap�s os contingenciamentos realizados em maio e julho de 2015, de R$ 79,5 bilh�es, e descontados os valores para o cumprimento das obriga��es constitucionais, resta um limite contingenci�vel de apenas R$ 91,8 bilh�es".

Segundo o governo, caso a meta fiscal n�o seja alterada pelo Congresso, o governo teria que fazer, agora, um corte adicional de R$ 107,1 bilh�es - superior, portanto, ao que est� � disposi��o para cortes. "A dificuldade de amplia��o do contingenciamento j� se manifestava em julho e, neste momento, acarretaria implica��es ainda maiores", defende a equipe econ�mica, que elenca o or�amento de minist�rios selecionados, como da Cidades, para mostrar que um corte adicional, agora, travaria obras e contratos j� em andamento.