
Com mais de uma d�cada de atraso, o fazendeiro Norberto M�nica, acusado de ser um dos mandantes da Chacina de Una�, ocorrida em janeiro de 2004, na qual foram assassinados tr�s fiscais e um motorista do Minist�rio do Trabalho e Emprego, sentou-se no banco dos r�us. Al�m dele, Jos� Alberto Costa, que teria intermediado a contrata��o de pistoleiros, tamb�m foi julgado na sess�o. O j�ri popular estava marcado para a �ltima quinta-feira, depois de outros adiamentos anteriores, mas foi remarcado para essa ter�a-feira (27) a pedido da defesa dos acusados. A expectativa � de que a sess�o se estenda at� sexta-feira.
O dia dessa ter�a-feira foi praticamente dedicado a ouvir depoimentos de testemunhas do crime. A primeira delas foi o delegado da Pol�cia Civil Wagner Pinto, que presidiu as investiga��es junto com a Pol�cia Federal. De acordo com ele, na apura��o do crime foram feitas intercepta��es de liga��es por telefone entre Norberto M�nica e Jos� Alberto Costa, que ajudaram a desvendar o crime. O delegado contou que Norberto amea�ou de morte um dos fiscais e que ele foi o “cabe�a de toda essa trama criminosa”.
Wagner Pinto tamb�m afirmou que as v�timas n�o tiveram chance de defesa quando o carro em que estavam foi bloqueado pelos pistoleiros, que dispararam v�rios tiros nas cabe�as dos tr�s fiscais e do motorista. O delegado garantiu em seu depoimento que a ideia de matar as v�timas partiu de M�nica e que a ordem foi dada por Jos� Alberto aos pistoleiros. Conforme a dela��o de Hugo Alves Pimenta – tamb�m r�u no processo –, os irm�os Ant�rio e Norberto M�nica desembolsaram R$ 500 mil para pagar os pistoleiros pelas execu��es
Confuso
A defesa do fazendeiro, que j� ostentou o t�tulo de Rei do Feij�o, � de que os v�deos com a dela��o premiada de Hugo Alves Pimenta, gravado em v�deo e anexado ao processo, s�o “for�ados, cheios de contradi��es e n�o t�m qualquer valor como prova”. Por sua vez, L�cio Adolfo, advogado de Hugo Pimenta, que estava arrolado como testemunha, rebateu o colega. Disse que Pimenta n�o foi for�ado a fazer a dela��o e que acompanhou o depoimento do cliente ao Minist�rio P�blico Federal. “Pode haver contradi��es naturais de comunica��o. Isso � normal”, afirmou a defesa do delator. Nessa ter�a-feira foram testemunhas arroladas pelo Minist�rio P�blico Eleitoral e a sess�o ser� retomada na manh� desta quarta-feira.