Amigo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Beto Mansur (PRB-SP) foi designado relator do processo contra o presidente da C�mara dos Deputados na Corregedoria da Casa. Mansur foi escolhido nesta quarta-feira, 28, pelo 1º vice-presidente da Casa, Waldir Maranh�o (PP-MA) que, assim como Cunha, tamb�m � investigado na Opera��o Lava Jato por suposto envolvimento no esquema de corrup��o na Petrobras.

A representa��o contra Cunha � fruto de uma a��o no come�o do m�s de um grupo de 29 deputados de sete partidos. Eles alegam que houve quebra de decoro parlamentar porque o presidente da C�mara teria mentido na CPI da Petrobras ao negar que tivesse contas no exterior. J� a a��o contra Maranh�o foi apresentada por um cidad�o comum.
A a��o na Corregedoria � paralela ao processo no Conselho de �tica, que recebeu nesta quarta-feira da Mesa Diretora o pedido de abertura de processo contra Cunha. Na Corregedoria, cabe ao corregedor produzir um relat�rio, que por sua vez � votado pela Mesa. Ao final, o processo pode ser encaminhado ao Conselho de �tica.
Na reuni�o da Mesa Diretora desta manh�, o peemedebista decidiu delegar aos membros do comando da C�mara as representa��es protocoladas contra ele e Maranh�o na Corregedoria. Na hora de escolher o relator de seu caso, Cunha passou a presid�ncia da Mesa ao vice, Maranh�o, que designou Mansur.
No momento de escolher o relator do caso de Maranh�o, Cunha reassumiu o posto e indicou Felipe Bornier (PSD-RJ). Normalmente o presidente da Casa despacha sozinho nestas situa��es, sem o aux�lio de relatores. Caber� ao relator das representa��es produzir um parecer de admissibilidade sobre os casos.
Nesta fase, ainda n�o h� discuss�o de m�rito. Se o relator concluir pela abertura de procedimento, o caso � devolvido � Corregedoria. Se o relator optar pela inadmissibilidade, o caso � arquivado. Segundo a Mesa Diretora, os relatores n�o t�m prazo para entregar o parecer. A expectativa � que os relatores se pronunciem na pr�xima reuni�o da Mesa, que ainda n�o tem data para acontecer.
Mansur negou constrangimento em relatar o caso de Cunha. "A gente tem de fazer a coisa dentro da normalidade", respondeu.