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Estado de Minas CHACINA DE UNA�

No segundo dia de julgamento, delator incrimina o fazendeiro Norberto M�nica

Hugo Alves Pimenta reafirmou nesta quarta-feira todas as acusa��es contra M�nica, apontado como mandante dos assassinatos de tr�s auditores fiscais, e o contador Jos� Alberto de Castro, acusado de intermediar a contrata��o dos executores


postado em 28/10/2015 20:24 / atualizado em 28/10/2015 20:31

No segundo dia do julgamento de dois dos envolvidos na Chacina de Una�, o empres�rio cerealista Hugo Alves Pimenta – que � delator da Justi�a e tamb�m responde pelos crimes, reafirmou ontem na Justi�a Federal de Belo Horizonte todas as acusa��es contra o fazendeiro Norberto M�nica, apontado como mandante dos assassinatos, e o contador Jos� Alberto de Castro, acusado de intermediar a contrata��o os executores dos servidores do Minist�rio do Trabalho em janeiro de 2004. Segundo Hugo, a ordem de Norberto foi para matar o fiscal do trabalho Nelson Jos� da Silva, por causa das multas que ele vinha aplicando ao fazendeiro, e todo mundo que estivesse com ele.

“� para 'torar' torar todo que estiver com Nelson”, teria ordenado Norberto a Jos� Alberto, segundo o colaborador. Ainda de acordo com Hugo, Norberto afirmou que o “mundo era pequeno demais para ele e Nelson e que Nelson tinha que morrer”. O empres�rio contou ainda que quatro dias depois da chacina repassou R$ 39 mil para Jos� Alberto pagar os pistoleiros, a pedido de Norberto, e que recebeu uma carreta de feij�o do fazendeiro como pagamento.

Enquanto estiveram presos na Pol�cia Federal, em Belo Horizonte, Hugo relatou que quis saber do fazendeiro se ele estava arrependido. “Ele disse que mataria Nelson mil vezes se fosse preciso”, contou Hugo. Disse ainda que tamb�m perguntou sobre as fam�lias das outras quatro v�timas, que foram mortas apenas por estarem na hora do crime, e que Norberto respondeu que as vi�vas, queriam apenas dinheiro, e que dinheiro ele tinha de sobra. Ainda na pris�o, segundo o depoimento, o fazendeiro confessou sua inten��o de mandar matar o comparsa Jos� Alberto como queima de arquivo.

Para prestar depoimento, o empres�rio pediu que os dois r�us fossem retirados do sal�o do j�ri. Ele contou que Jos� Alberto era empres�rio cerealista como ele e tamb�m corretor. Falou que a empresa do amigo n�o deu certo e que ele cedeu um espa�o para que ele trabalhasse na sede do seu estabelecimento como corretor. Norberto era presen�a frequente na empresa dele, revelou, em raz�o dos neg�cios em comum.

Reclama��o O planejamento do crime, segundo o cerealista, teve in�cio, que ele estava em seu escrit�rio com Jos� Alberto, onde Norberto chegou reclamando de um fiscal que o multava demais. “N�o aguento mais esse Nelson. Voc� sabe de um cara para matar ele pra mim?”, teria perguntado o fazendeiro. Hugo disse que n�o e a mesma pergunta foi dirigida a Zezinho, como Norberto chamava Jos� Alberto, que topou a empreitada.

Al�m do colaborador e r�u, foram ouvidas ainda outras testemunhas de acusa��o, entre elas, o delegado federal Ant�nio Celso dos Santos, um dos respons�veis pelas investiga��es do caso. Ele tamb�m refor�ou as acusa��es contra Norberto e Jos� Alberto. O policial tamb�m afirmou que o alvo dos pistoleiros seria apenas o auditor- fiscal N�lson, mas ele estava acompanhado das outras v�timas e, por isso, executadas.

Conforme o policial, o r�u Jos� Alberto deu ordem para matar todos e que os atiradores receberiam o dobro ou triplo do combinado pelo servi�o. O delegado disse ter apurado que Noberto j� havia amea�ado o fiscal Nelson diversas vezes, inclusive com um furador de sacas de feij�o "por ele aplicar muitas multas aos fazendeiros". No final da tarde, teve in�cio o depoimento das testemunhas de defesa de Norberto, j� que Jos� Alberto, optou por n�o arrolar ningu�m. A sess�o do j�ri teve in�cio na manh� de ter�a e a expectativa � deque a decis�o da Justi�a saia ainda hoje, ou na manh� de sexta-feira.


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